Cidadão português raptado na Nigéria morreu
29 de nov. de 2017, 16:35
— Lusa/AO online
“O
Ministério dos Negócios Estrangeiros teve hoje conhecimento da morte do
cidadão português raptado a 23 de outubro na região de Kogi, na
Nigéria”, referiu a fonte.“Foi
com muita tristeza e profundo pesar que tive conhecimento do desfecho
do rapto deste português. Vivemos desde a primeira hora o drama desta
família. E com ela sofremos a sua dor neste momento. Resta-nos, agora,
continuar apoiá-la", declarou o secretário de Estado das Comunidade
Portuguesas, José Luís Carneiro, numa mensagem enviada à Lusa. Segundo
as informações do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, “na
ocasião foram mortos dois polícias que acompanhavam esse cidadão. Desde
então, e até hoje, todas as entidades do Estado português cooperaram
com as autoridades nigerianas na tentativa de obter a sua libertação”.O
secretário de Estado das Comunidades Portuguesas já apresentou as
condolências à família e informou do total apoio consular e diplomático
nas diligências relativas à realização da autópsia e à transladação do
corpo para Portugal.Ainda
de acordo a fonte, “a entidade patronal do cidadão, a autarquia do
Marco de Canaveses e os serviços consulares cooperarão para garantir
todo o apoio social necessário”.O
cidadão português foi raptado no estado de Kogi, na Nigéria, na
sequência de um tiroteio iniciado por um grupo de 15 homens armados, que
causou também a morte de dois polícias, a 23 de outubro.O
porta-voz do comando da polícia do estado nigeriano, William Aya,
disse, na ocasião do rapto, que os 15 homens armados estavam escondidos
numa vegetação próxima de uma zona de obras onde se reabilitava uma
estrada.O
português raptado, identificado como José Machada, engenheiro civil,
estava juntamente com outros expatriados e também nigerianos a
inspecionar o projeto quando surgiram os homens armados.Segundo
William Aya, os dois polícias – Ezekiel Negedu, inspetor, e Gini John,
sargento - estavam a vigiar a obra quando começou o ataque.Este ano, cerca de 1.000 pessoas foram raptadas na Nigéria.