Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à agência Lusa, o diretor do festival, João Ferreira, explicou que a realização do festival no arquipélago açoriano surgiu depois do contacto com a embaixada dos Estados Unidos em Portugal e com o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas dos Açores.
“No ano passado foram os 25 anos do festival em Lisboa, e pensámos num projeto de itinerância que seria o de levar alguns filmes dessa edição do festival a percorrer um pouco o país durante o ano de 2022”, avançou.
Os filmes que vão fazer parte da edição açoriana do festival fizeram, na “quase totalidade”, parte da programação do 25.º aniversário do Queer Lisboa, que decorreu em setembro de 2021.
“Após 25 anos, os objetivos em termos culturais continuam, obviamente, a ser o de mostrar o melhor que existe no cinema Queer, quer o mais 'mainstream', quer o mais independente. Agora, as preocupações políticas mudaram nesses últimos 25 anos. Elas vão mudando”, assinalou.
Apesar das “conquistas”, nos últimos 25 anos, como a “adoção” ou o “casamento” por parte de pessoas do mesmo sexo, existem “outras questões, que surgiram entretanto”: “O cinema que nós mostramos está atento a isso”.
“Por exemplo, nos Açores nós vamos organizar um debate à volta das questões mentais, que é um tema que, com a pandemia, felizmente, tem vindo a ser muito discutido. Há questões específicas sobre saúde mental nas comunidades LGBT que precisam de ser faladas”, acrescentou.
O
debate sobre saúde mental vai decorrer após a exibição do filme "Cured"
(Patrick Sammon e Bennett Singer, 2020), contanto com a participação da
psicóloga Joana Amén e da psiquiatra Mariana Bettencourt.