'Ciberbullying' cresceu durante a pandemia e é prioridade da Escola Segura
20 de out. de 2020, 17:47
— Lusa/AO Online
Os
ministros da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e da Administração
Interna, Eduardo Cabrita, assistiram hoje a uma sessão que assinalou o
Dia Mundial de Combate ao Bullying na Escola, nas instalações da Escola
Secundária do Entroncamento (distrito de Santarém), onde alunos do 7.º e
do 10.º ano apresentaram o projeto que têm em curso, no âmbito do
Erasmus +, com escolas da Roménia, Grécia, Polónia e Turquia.“Quisemos
estar aqui a dizer que a violência não é aceitável nas nossas escolas e
que a Escola Segura, um dos parceiros do nosso sistema educativo, é
também um companheiro para lutarmos todos os dias contra a violência e
contra o bullying”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues, no final de uma
sessão em que entregou o certificado de participação no projeto “Escola
Sem Bullying, Escola Sem Violência”, ao qual aderiram 52 agrupamentos de
escolas de todo o país.O projeto,
iniciado há um ano, certifica as escolas, através de um conjunto de
formações que visam alunos, professores, funcionários e famílias, num
processo que passa pela monitorização dos fenómenos de bullying e pela
intervenção, quando necessária, disse.Tiago
Brandão Rodrigues afirmou que o Plano Nacional de Combate ao Bullying e
ao Ciberbullying passou a incluir a colaboração de instituições do
ensino superior, que vão permitir aumentar a formação disponível para
docentes, direções das escolas, mas também assistentes operacionais e
técnicos, “elementos fundamentais nas escolas para alertar e direcionar
os alunos que são vítimas para todas as respostas que existem”.Por
seu turno, Eduardo Cabrita afirmou que a parceria entre os dois
Ministérios “tem dado frutos” numa “batalha permanente pela tolerância,
por uma sociedade cosmopolita, por uma sociedade cada vez mais
igualitária”.“Não há uma receita mágica,
há é a afirmação de princípios de cidadania que devem ser reavivados
todos os dias”, disse, considerando a Escola Secundária do Entroncamento
“um magnifico exemplo”, pela forma como aderiu e participou no projeto,
em particular ao cooperar com escolas de outros países.“É
nestas idades que temos de afirmar os valores que consideramos
basilares de uma sociedade democrática, de um país que se orgulha de ser
tolerante, inclusivo”, afirmou.O projeto
desenvolvido no Agrupamento de Escolas do Entroncamento envolveu os
alunos do 4.º ao 12.º anos, numa parceria com a Escola Segura da PSP e a
Unidade de Cuidados na Comunidade, sendo a escola coordenadora do
trabalho desenvolvido com os outros países europeus.