China promete apoiar Venezuela independentemente das circunstâncias internacionais
24 de set. de 2024, 11:53
— Lusa/AO Online
“A China e a
Venezuela são bons amigos e parceiros e, independentemente da mudança
das circunstâncias internacionais, a China continuará a apoiar a
Venezuela na defesa da sua soberania e dignidade nacional, bem como no
desenvolvimento económico e social do país”, disse Wang durante uma
reunião, em Nova Iorque, com o seu homólogo venezuelano, Yván Gil, de
acordo com um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.Wang
transmitiu as saudações do chefe de Estado chinês, Xi Jinping, e
felicitou Nicolás Maduro pela sua reeleição como presidente, uma posição
que contrasta com a da União Europeia (UE), que reiterou hoje que não
reconhece a legitimidade do presidente venezuelano, segundo o Alto
Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.As
declarações reafirmam a posição diplomática da UE depois de o
Parlamento Europeu ter aprovado esta semana uma resolução não
vinculativa que reconhece Edmundo González como o legítimo vencedor das
eleições venezuelanas de 28 de julho.“O
povo venezuelano vai unir-se e ultrapassar os desafios, alcançando novos
êxitos no desenvolvimento do país”, afirmou o ministro dos Negócios
Estrangeiros chinês.Gil sublinhou que, no
ano passado, os presidentes da Venezuela e da China elevaram as suas
relações a uma “parceria estratégica infalível” e que este ano celebram o
50.º aniversário das suas relações diplomáticas, marcando um
“momento-chave” na sua história bilateral.De
acordo com o ministro venezuelano, a Venezuela é “o parceiro mais
fiável da China”, empenhada em reforçar ainda mais a cooperação para
benefício mútuo dos dois povos.A visita de
Wang aos Estados Unidos faz parte da sua participação na 79ª Assembleia
Geral das Nações Unidas, onde representará a China e procurará obter o
apoio do Sul Global numa altura de fricção com o Ocidente.O
ministro, que estará em Nova Iorque até 28 de setembro na qualidade de
enviado especial de Xi, assistirá também ao debate de alto nível do
Conselho de Segurança e manterá reuniões com os seus homólogos do Grupo
dos Vinte países mais desenvolvidos e emergentes (G20) e dos BRICS
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além do Egito, Irão,
Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia).