China garante que pico de doentes em estado crítico já passou
Covid-19
20 de jan. de 2023, 11:16
— Lusa/AO Online
“O
número de doentes com covid-19 em estado crítico nos hospitais atingiu o
pico no dia 05 de janeiro e caiu 44,3%, até 17 de janeiro”, afirmou o
diretor do Departamento de Emergências Médicas da Comissão Nacional de
Saúde, Guo Yanhong, num comunicado publicado hoje no portal oficial da
agência.O número de visitas aos
departamentos de atendimento a pessoas com febre nas clínicas atingiu o
pico no dia 23 de dezembro, segundo Guo, que acrescentou que o número
deste tipo de consultas caiu 94%, entre essa data e 17 de janeiro.Segundo
o responsável, os centros de saúde estão atualmente a atender um número
de pacientes semelhante ao registado antes do dia 07 de dezembro,
quando Pequim começou a desmantelar a política de ‘zero covid’.As
salas de emergência dos hospitais do país asiático registaram o nível
máximo de atividade no dia 02 de janeiro e o número de pacientes
atendidos caiu 44%, em 17 de janeiro, face a esse pico, apontou Guo.“A
proporção de doentes com covid-19 no total de pacientes que visitam os
hospitais tem diminuído gradualmente”, explicou o diretor, que
acrescentou que 99,5% das consultas realizadas em 17 de janeiro foram
realizadas a pessoas que não padecem de covid-19.No caso dos doentes internados nas clínicas, 85% não estavam infetados com covid-19 nesse dia, informou o responsável.Nas
últimas semanas, o país registou cenas de grande pressão hospitalar e
problemas no acesso a medicação. As autoridades foram criticadas pela
súbita retirada das medidas de prevenção contra a covid-19, sem a
preparação adequada.O Conselho de Estado
(Executivo) exortou, em meados de dezembro, as autoridades locais a dar
prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a
população”, apontando a “relativa escassez de recursos médicos” face ao
elevado número de deslocações previstas durante o Ano Novo Lunar, que
arranca hoje.Trata-se da maior migração
interna do planeta e coincide, este ano, com o fim da política de ‘zero
casos’ de covid-19, que durante quase três anos restringiu o fluxo
interno de pessoas no país.Segundo um
estudo recente da Universidade de Pequim, cerca de 900 milhões de
pessoas contraíram já covid-19 na China, depois de o país ter
desmantelado a política de ‘zero covid’, na sequência de protestos
realizados em várias cidades do país.A
Comissão Nacional de Saúde da China anunciou, no último sábado, um total
de 59.938 mortes, entre 08 de dezembro e 12 de janeiro deste ano.O
número de mortes diárias por covid-19 na China pode ascender a 36 mil,
durante as férias do Ano Novo Lunar, segundo um estudo difundido na
quarta-feira pela empresa britânica de análise da área da saúde
Airfinity.