“A
China está muito preocupada com a contínua escalada do conflito
israelo-palestiniano”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios
Estrangeiros chinês Mao Ning, acrescentando que Pequim “lamenta as
vítimas civis causadas pelo conflito” e “rejeita e condena ações que
prejudicam civis”.A China disse no domingo
que está “profundamente preocupada” com os confrontos que já deixaram
mais de mil mortos entre israelitas e palestinianos.Pequim
“opõe-se a qualquer ação que possa prolongar o conflito e comprometer a
estabilidade regional” e “espera que um cessar-fogo seja estabelecido o
mais rapidamente possível para que a paz possa ser restaurada”, realçou
Mao.Em conferência de imprensa, a
porta-voz também disse que a “comunidade internacional deve desempenhar
um papel eficaz e trabalhar em conjunto para acalmar a situação”.“Uma
saída para o ciclo de conflito israelo-palestiniano reside na retomada
das conversações de paz, na implementação da solução dos dois Estados e
na promoção de uma solução abrangente e apropriada para a questão da
Palestina, de modo a salvaguardar as preocupações legítimas de todas as
partes”, acrescentou.“A China continua a fazer esforços incansáveis, junto com a comunidade internacional, para este fim”, afirmou.A
diplomacia chinesa, que no início deste ano mediou a aproximação entre o
Irão e a Arábia Saudita, afirma regularmente que quer dar o seu
contributo para o processo de paz israelo-palestiniano, que está
paralisado desde 2014.Até recentemente
pouco envolvida na questão israelo-palestiniana, em comparação com os
Estados Unidos, a China, que mantém boas relações com Israel, está agora
a realçar mais a sua posição sobre o assunto.A
embaixada da China em Israel confirmou hoje que uma estudante sino -
israelita de 25 anos está entre os sequestrados pelo grupo islâmico
Hamas durante o ataque a um festival de música perto da fronteira de
Gaza.“Noa é uma mulher sino - israelita
que participava de um festival de música pacífico em Israel quando
terroristas do Hamas a sequestraram e a arrastaram de Israel para Gaza.
Ela é uma filha, uma irmã e uma amiga”, afirmou a representação
diplomática através da sua conta na rede social Weibo – semelhante ao X,
que está censurado na China.A missão
diplomática incluiu ainda um vídeo divulgado pela sua família e vários
órgãos de comunicação social que mostra o momento em que a jovem é
obrigada a subir para uma moto enquanto implora “não me matem”.Em comunicado, a Câmara de Comércio da China em Israel confirmou que Noa nasceu em Pequim e pediu ajuda para encontrá-la.É
o segundo caso envolvendo uma pessoa de nacionalidade ou ascendência
chinesa, depois de a embaixada ter confirmado no domingo que um
trabalhador chinês foi ferido na véspera por uma bala perdida perto de
Ashkelon.A representação emitiu um alerta
de segurança no sábado a instar a comunidade chinesa em Israel a
permanecer atenta ao desenvolvimento dos acontecimentos e a seguir as
medidas necessárias para garantir a sua segurança.