Chile decreta dois dias de luto em memória e homenagem das vítimas
Covid-19
9 de ago. de 2021, 11:26
— Lusa/AO Online
O
anúncio de Sebastián Pinera foi realizado durante uma cerimónia na
Praça Central da Cidade em Santiago do Chile, onde 460 luzes foram
acesas em memória dos mortos, enquanto um membro da força policial fazia
um silêncio e a enorme bandeira chilena hasteada no local era colocada a
meia haste."É tempo de unir os nossos
corações e vontades para superar esta pandemia e ser inspirado pelo
testemunho e exemplo daqueles que não sobreviveram", disse o chefe de
Estado.A homenagem contou com a presença
de familiares das vítimas da Covid-19 e funcionários da saúde que
assistiram em nome do público, bem como do ministro da Saúde, Enrique
Paris, e dos subsecretários dessa pasta, Paula Daza e Alberto Dougnac."Tivemos
um encontro emocional com um grupo de familiares das vítimas desta
pandemia, e juntamente com eles, recordámos os seus entes queridos (...)
Para além de lembrar, queremos prestar uma sincera homenagem a cada uma
das vítimas", salientou Pinera."Queremos dizer que ninguém está sozinho na sua dor, que os nossos pensamentos e orações estão com cada um de vós", acrescentou.O
Presidente dedicou também algumas palavras aos profissionais da saúde
"que deram as suas vidas" para proteger as dos outros: "Não há maior
gesto de amor", enfatizou.O Chile
confirmou o primeiro caso de coronavírus a 03 de março de 2020, enquanto
a primeira morte foi anunciada a 21 de março do mesmo ano, sendo a
vítima uma mulher de 82 anos.Nas últimas 24 horas foram registadas 65 mortes de causas associadas à covid-19, elevando o número total de mortes para 36.016.O
número total de pessoas diagnosticadas com Covid-19 desde o início da
pandemia atingiu 1.623.363, das quais 6.379 ainda estão ativas, o número
mais baixo em mais de um ano.A pandemia
recuou após uma grave segunda vaga que durou de março a julho e colocou o
sistema hospitalar sob extrema pressão, com o país a voltar
parcialmente ao normal após um longo período de restrições.O
sucesso reside no êxito do processo de vacinação no Chile, com mais de
82% da população alvo (compreendendo mais de 15 milhões de pessoas de
uma população de cerca de 19 milhões) a ser vacinada.A
maioria das pessoas foi vacinada com a vacina Sinovac e, em menor
medida, também com as da Pfizer/BioNTech, CanSino e AstraZeneca.Na
semana passada, o Governo anunciou que a partir de 11 de agosto vai
iniciar um programa de "dose impulsionadora", utilizando a vacina
AstraZeneca para todas as pessoas com mais de 55 anos que já tenham
completado a inoculação de Coronavac.Apesar
da melhoria constante, as autoridades têm mantido o encerramento das
fronteiras para estrangeiros desde abril e um recolher obrigatório da
meia-noite às 05:00 na maior parte do país para evitar a propagação de
novas variantes.