Chega vai referendar pena de morte, mas Ventura é contra
12 de ago. de 2020, 10:17
— Lusa/AO Online
“Concorda com a aplicação da pena
de morte em casos de terrorismo, homicídio qualificado, abuso sexual de
menores ou violação, quando decorram em contexto de especial
perversidade ou censurabilidade, a definir em lei especial?”, será a
pergunta colocada e à qual a agência Lusa teve acesso.A
convocatória publicada na página da Internet do partido populista de
direita apela à participação de todos os militantes, nos locais a indicar pelas estruturas políticas distritais de
todo o país, nas votações para presidente da Direção Nacional do Chega,
eleição para delegados distritais e regionais à II Convenção Nacional do
partido (19 e 20 de setembro, em Évora) e o tal referendo sobre a pena
de morte.“O partido realizará no dia 05 de
setembro um referendo à pena de morte em casos de criminalidade grave.
Eu, pela minha formação e fé cristã, sou contra, mas respeitei este
pedido dos militantes para que o assunto fosse discutido e votado antes
da nossa proposta de revisão constitucional dar entrada na Assembleia da
República”, declarou o líder demissionário e recandidato, André
Ventura.O deputado único do Chega já
anunciara que pretende entregar no parlamento, em setembro, uma proposta
de revisão constitucional para a adoção em Portugal da pena de prisão
perpétua, igualmente para crimes mais graves.