Chega recusa “confinamento total” e quer Estado a pagar perdas das empresas
Covid-19
2 de nov. de 2020, 15:14
— Lusa/AO Online
À saída de um encontro com o Presidente da
República, o líder e deputado do Chega, André Ventura, remeteu para mais
tarde a posição, em concreto, do partido quanto a um novo estado de
emergência, pedido pelo Governo, mas excluiu alguns cenários.Para
André Ventura, o novo estado de emergência "não pode implicar um novo
confinamento, como aconteceu em março e tem que ser bem explicado"."Um
novo confinamento mais alargado pode ser fatal para toda a estrutura
empresarial portuguesa, para a classe média, para todos os negócios e a
economia em geral", disse. Se em março foi
possível pedir "às empresas que mantivessem os postos de trabalho,
apesar das restrições, desta vez não" é possível "pedir a mesma coisa e,
afirmou, o Estado "tem que avançar com um plano, como está a ser feito
na Alemanha e noutros países, para cobrir as perdas destes sectores", em
"50%, 60% ou 70%"."Caso contrário, o que
vamos ter em Portugal é uma verdadeira tragédia, com falência atrás de
falências e com os principais sectores da atividade económica a entrarem
em derrocada", argumentou, depois de uma reunião com o Presidente,
integrada numa ronda de audiências com os partidos sobre o novo estado
de emergência.A ser adotado, é bom que
“seja bem explicado”, “sem longas apresentações do primeiro-ministro,
com slides atrás, com milhares de palavras” e “é bom que a economia”
seja protegida, afirmou ainda.André
Ventura também dúvida da eficácia do recolher obrigatório, dado que
noutros países onde foi adotado não obteve os resultados desejados.