Chega realiza jornadas parlamentares para preparar desafios da próxima legislatura
4 de dez. de 2023, 13:08
— Lusa/AO Online
Em declarações à Lusa, o líder
parlamentar do Chega lembrou que “o trabalho parlamentar ainda não
acabou” e que, como o parlamento só será dissolvido em 15 de janeiro, o
partido tem “o direito de fazer estas jornadas parlamentares”.Estas
jornadas terão como tema “os desafios da próxima legislatura” e os dois
dias de jornadas, que decorrerão num hotel em Matosinhos (distrito do
Porto), serão preenchidos com painéis sobre a justiça, crescimento
económico e saúde.A abertura e o encerramento das jornadas caberá ao presidente do Chega, André Ventura.Aos
12 deputados à Assembleia da República vão juntar-se os eleitos pelos
Açores e pela Madeira, indicou o líder parlamentar, considerando que “dá
uma cara de união do partido, que existe”.“Teremos
dois dias para falar dos problemas do país, que são transversais a toda
a sociedade”, afirmou, considerando tratar-se de uma oportunidade para
“articular até um esquema de trabalho entre todo o grupo parlamentar do
continente com os outros deputados”.“Parece-nos muito importante que haja essa conjugação”, defendeu.Pedro
Pinto assinalou que o “Chega está a preparar o seu programa eleitoral” e
que a reforma da justiça, a resolução dos problemas na saúde e o
crescimento económico do país “são três bandeiras” do partido.Pedro
Pinto destacou também a escolha da realização destas jornadas
parlamentares no norte do país, afirmando que o Porto é um distrito onde
o Chega “aposta forte” porque “nas eleições todas tem tido algumas
dificuldades”.Ainda assim, o líder
parlamentar considerou que “o partido está a crescer” naquela zona, “e
por isso também esta aposta das jornadas parlamentares no Porto”.Na
terça-feira, as jornadas arrancam com intervenções do presidente do
Chega e da deputada Rita Matias, seguindo-se um painel sobre “a reforma
da justiça de que Portugal precisa”, que contará com intervenções do
advogado Nuno Gonçalves da Cunha, do advogado e professor universitário
João Pacheco de Amorim, da jurista e assessora parlamentar Cristina
Rodrigues e do jurista Paulo Ramalheira Teixeira.Ainda
na terça-feira, haverá outro debate sobre “solução para o crescimento
económico” de Portugal, com o economista Luís Maia, o gestor Mário Lima e
os deputados Rui Afonso e Filipe Melo.Já
na quinta-feira, dia dedicado à saúde, o primeiro painel será sobre “o
modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde”, com o presidente do
Conselho de Administração da CESPU, António Almeida Dias, o médico
Palhares Delgado e Mário Ferreirinha Caetano Nora, vice-presidente da
Assembleia Geral da associação Convergência dos Centros de
Responsabilidade Integrada.Após um outro
painel sobe “crise na saúde, causas e soluções”, com profissionais de
saúde, segue-se um debate com o tema “crise das carreiras no SNS”, com
representantes do Sindicato Independente dos Técnicos Auxiliares de
Saúde, o Sindicato dos Profissionais Administrativos da Saúde, Sindicato
dos Técnicos de Emergência Médica Pré-Hospitalar e o do Sindicato dos
Médicos Dentistas.Pedro Pinto assinalou
que estas jornadas vão contar com a participação de “muitas pessoas da
sociedade civil” e afirmou que estes sindicatos não estão ligados à
federação sindical que o Chega anunciou que irá promover, com o
nome “Solidariedade”.“São independentes,
são de outros sindicatos, que decidiram estar nesse painel e que nós
acolhemos com todo o carinho”, disse, defendendo que o Chega é um
“partido aberto à sociedade” e que já houve no passado “pessoas que
foram a jornadas parlamentares do Chega e que não estão ligadas ao
partido”.