“Este último Governo, que iniciou funções em
outubro de 2019, destacou-se, mesmo a nível internacional, por ser o
maior da história da democracia portuguesa, contando 19 ministérios (com
orçamento superior a 73 milhões de euros) e integrando 50 secretários
de Estado, um número absurdo de governantes tendo em conta o contexto
político português e europeu”, lê-se no documento, a que a agência Lusa
teve acesso.A nota justificativa desta
iniciativa do partido populista de direita refere-se também ao contexto
atual de crise devido à covid-19, criticando a forma como um executivo
“tão amplo e com tantos governantes” teve de pedir um Plano de Reforma e
Desenvolvimento Económico a um consultor externo [António Costa Siva].“Torna-se
evidente que a desnecessária multiplicação de ministérios e secretarias
de Estado não serve o interesse do Estado, mas apenas o de algumas
clientelas políticas”, defende o líder demissionário e recandidato à
presidência do Chega.Para André Ventura,
os ministros essenciais e suficientes serão: de Estado, da Economia e da
Transição Digital; de Estado e dos Negócios Estrangeiros; de Estado e
das Finanças; da Defesa Nacional; da Administração Interna; da Justiça;
do Planeamento, Modernização do Estado e da Administração Pública; da
Educação e Formação; do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; da
Saúde; das Infraestruturas, da Habitação e da Coesão Territorial; e,
finalmente, da Agricultura, do Ambiente e da Ação Climática.Além
do projeto de lei, o Chega pretende incluir esta limitação na sua
proposta de revisão constitucional, cujo texto será apresentado na
Assembleia da República em setembro, após as férias de verão.