Chega pede condições para que cidadãos vivam "sem ser de mão estendida"
Açores/Governo
12 de dez. de 2020, 03:09
— AO Online/ Lusa
"Há pouca coisa mais humilhante do que viver de mão estendida. As pessoas têm dignidade, a dignidade não pode ser trocada por subsídios", considerou Carlos Furtado.O deputado e presidente do Chega no arquipélago falava no parlamento regional, no encerramento de três dias de debate do Programa do novo Governo dos Açores, composto por PSD, CDS e PPM e viabilizado parlamentarmente por Chega e Iniciativa Liberal.Para Carlos Furtado, a "herança" deixada pela governação do PS indica que "não será fácil" governar os Açores nos próximos anos, mais a mais com o "maldito vírus vindo da China, tão comunista quanto capitalista"."Não será fácil levar por diante uma governação de quatro anos quando a herança que os senhores recebem é uma herança de finanças públicas sufocadas, endividadas", declarou ainda, dirigindo-se à bancada do executivo.O PS perdeu em outubro, nas legislativas regionais, a maioria absoluta que detinha nos Açores há 20 anos, elegendo 25 deputados.PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação. A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com o Iniciativa Liberal (IL), somando assim o número suficiente de deputados para atingir uma maioria absoluta (29 parlamentares).O Programa do Governo Regional está a ser discutido desde quarta-feira no parlamento açoriano, na Horta, e é votado ainda hoje.