Chega lamenta “grande perda” para os Açores com morte de Álvaro Monjardino
19 de ago. de 2024, 12:08
— Lusa
Citado
em nota de imprensa, o líder da bancada do Chega/Açores, José Pacheco,
lamenta a morte “daquele que foi, e continuará a ser, uma referência
política para a região e para a sua autonomia”.O
social-democrata e antigo presidente da ALRAA morreu na sexta-feira aos
93 anos, na ilha Terceira, e o funeral decorreu no domingo.O
Chega/Açores manifestou hoje “profundo pesar” pelo falecimento de
Álvaro Monjardino e apresenta as "mais sentidas condolências à família".“É
uma grande perda para os Açores. Além do advogado e do político,
perde-se um açoriano que sempre participou na sociedade para melhorar as
condições da sua terra e dos seus conterrâneos”, referiu José Pacheco.Álvaro
Monjardino nasceu em 06 de outubro de 1930, na freguesia da Conceição,
em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, e morreu na sexta-feira na sua
terra natal.Licenciado em Direito, foi
filiado no PSD e exerceu vários cargos políticos, como deputado à
Assembleia Legislativa Regional na I e II legislaturas (pelo círculo
eleitoral da Graciosa) e na III legislatura (pelo círculo eleitoral da
Terceira), tendo sido eleito presidente do parlamento açoriano nas duas
primeiras legislaturas (1976/1978 e 1979/1984).Foi
ainda vogal da Junta Regional dos Açores, na área da Coordenação
Económica e Finanças, e ocupou o cargo de ministro-adjunto do
primeiro-ministro no IV Governo Constitucional, chefiado por Carlos Mota
Pinto (1978-1979).Álvaro Monjardino foi
também presidente da direção do Instituto Histórico da Ilha Terceira
(1984-1999), sócio correspondente da Academia Portuguesa de História e
um dos “principais obreiros” do processo que levou à classificação do
centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da
Humanidade na lista da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).Em
03 de setembro de 2021, por ocasião das comemorações dos 45 anos da
autonomia regional, foi homenageado pela Assembleia Legislativa na
inauguração da biblioteca do parlamento açoriano - designada desde essa
data por Biblioteca Álvaro Monjardino -, numa cerimónia presidida pelo
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.