Chega insiste na redução de beneficiários do RSI para manter apoio a Governo dos Açores
5 de nov. de 2021, 17:41
— Lusa/AO Online
Em
declarações à Lusa a propósito das audições de membros do Governo na
Assembleia Legislativa Regional sobre as propostas de Plano e Orçamento
Regionais, o parlamentar do Chega lembrou que a “redução da
subsidiodependência” faz parte do acordo entre o partido e a coligação
do governo (PSD, CDS-PP, PPM).Pacheco
pediu “medidas efetivas” para fiscalizar a atribuição do Rendimento
Social de Inserção (RSI), sob pena de retirar o apoio parlamentar ao
Governo Regional e reivindicou uma redução da dimensão do executivo.“O
RSI está a criar um fosso entre os subsidiodependentes e os
trabalhadores. Isto é muito grave. Nós já avisamos o Governo Regional:
ou isso começa a endireitar ou nós vamos retirar o nosso apoio”,
realçou.Os membros do Governo dos Açores
estão a ser ouvidos no âmbito da proposta de Plano e Orçamento da região
para 2022, que foi entregue terça-feira na Assembleia Regional, onde
serão discutidos e votados no final deste mês.“As
audições são explicações sumárias de certas questões. Não se tornam
muito esclarecedoras. Tornam-se, até, uma coisa maçuda”, afirmou José
Pacheco à agência Lusa.O deputado único do partido na Assembleia Regional insistiu na necessidade de reduzir o tamanho do elenco governativo.“Já
pedi ao presidente do governo uma remodelação governativa. Não vou
dizer se é este ou aquele secretário. Há alguns que não correspondem ao
perfil que se esperava. O Chega defende o emagrecimento do governo”,
declarou.José Pacheco lamentou ainda que a
“cultura continue a ser o parente pobre” do Plano e Orçamento da região
para 2022, os segundos da legislatura.“Não
há a visão de juntar a cultura com o turismo e oferecermos a quem nos
visite algo genuíno, das nossas gentes e das nossas tradições”,
assinalou.Salientando que a “lógica do
Chega não é destruidora”, o deputado afirmou que a sua posição na
votação do Plano e Orçamento está a ser “negociada”.O
Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, é suportado no
parlamento pelos partidos que integram o executivo, pela IL, pelo Chega e
pelo deputado independente Carlos Furtado.