Açores/Eleições
Chega garante "direita unida" para melhorar vida dos açorianos

O presidente do Chega nos Açores, Carlos Furtado, valorizou este sábado a indigitação do social-democrata José Manuel Bolieiro para futuro presidente do executivo regional, garantindo haver uma "direita unida" em defesa dos açorianos.


Autor: AO Online/ Lusa

"Os tempos não serão fáceis, como sabemos todos, e é preciso que haja essa união", declarou à agência Lusa o líder regional do Chega.

O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, foi hoje indigitado presidente do Governo Regional pelo representante da República, Pedro Catarino, na sequência das eleições de 25 de outubro, no final do segundo dia de audições aos partidos com assento na nova Assembleia Legislativa, que terá, pela primeira vez, oito forças políticas.

O representante da República justificou a nomeação do social-democrata com o facto de a coligação PSD/CDS-PP/PPM (26 deputados) ter o apoio parlamentar de Chega (dois deputados) e Iniciativa Liberal (um deputado), garantindo assim maioria absoluta no hemiciclo regional, com 29 dos 57 lugares.

Carlos Furtado citou uma música do brasileiro Roberto Carlos para dizer que, nos últimos dias, houve "erros, enganos talvez", mas as negociações para a viabilização de um governo de direita foram feitas "de coração".

"Nas eleições de 25 de outubro, houve mais 11 mil pessoas que foram votar [face a 2016], e nenhuma delas votou no PS", acredita o deputado recém-eleito, para quem o resultado eleitoral demonstrou que a direita precisava de "agir em conformidade" com o voto do povo.

O PS venceu as eleições legislativas regionais, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.

O PSD foi a segunda força política mais votada, com 21 deputados, seguindo-se o CDS-PP, com três. Chega, BE e PPM elegeram dois deputados e Iniciativa Liberal (IL) e PAN um cada.

A instalação da Assembleia Legislativa, que tem um total de 57 deputados, está marcada para 16 de novembro. Habitualmente, o Governo Regional toma posse, perante o parlamento, no dia seguinte.

Depois da tomada de posse, o programa do executivo terá de ser entregue na Assembleia Legislativa em 10 dias.