Chega denuncia “decadência absoluta” nos serviços do Estado
11 de ago. de 2024, 18:47
— Rafael Dutra
O Chega voltou a apontar várias críticas aos serviços do Estado na
Região Autónoma dos Açores, denunciado que existe uma “decadência
absoluta”, tendo em conta a degradação das infraestruturas e o
atendimento reduzido nestes serviços.As afirmações foram proferidas
após uma visita do Chega/Açores à repartição de finanças de Angra do
Heroísmo, entidade que fora obrigada a encerrar os serviços mais cedo
devido à falta de pessoal, causando demasiados constrangimentos aos
contribuintes, indica o partido.Numa visita ao local, os deputados
Francisco Lima e Hélia Cardoso salientam que constataram que a
repartição de finanças de Angra do Heroísmo deixa de atender
presencialmente os contribuintes a partir das 14h30, enquanto no serviço
de finanças da Praia da Vitória a tesouraria só abre às terças e
quintas-feiras.“Se algum contribuinte quiser pagar impostos às
segundas, quartas e sextas, não pode”, denunciou o deputado Francisco
Lima, citado em nota de imprensa.Além da falta de pessoal, os
edifícios onde estão instalados os serviços do Estado “estão abandonados
e a cair de podres”, sublinha, realçando ainda: “O Estado não faz
obras, nem vende. Isso é inadmissível”.Os deputados do Chega
denunciaram o “total abandono” dos serviços do Estado nos Açores e
entendem que “se a República não quer assumir esses serviços, que
delegue ao Governo Regional. O que está aqui em causa é que o antigo
primeiro-ministro António Costa deixou os serviços públicos do país na
penúria. Isto é uma situação gravíssima”, referiu o deputado do Chega.O
parlamentar reforçou que, no ano passado, os portugueses pagaram 95 mil
milhões de euros de impostos: “é o terceiro país com o maior esforço
fiscal da Europa e, mesmo assim, não se conseguem manter os serviços do
Estado abertos”.Acusando a República de deixar os serviços do Estado
nos Açores “numa decadência absoluta”, os deputados dizem estar em
sintonia com o deputado do Chega eleito pelos Açores na República,
Miguel Arruda.“Muitos dos assuntos que temos levado ao Parlamento
regional temos levado à Assembleia da República, embora não com o mesmo
acolhimento porque Luís Montenegro tem sido um primeiro-ministro
arrogante que não ouve os partidos da oposição e critica a oposição”,
frisou Francisco Lima.Além dos serviços das finanças, os deputados
Francisco Lima e Hélia Cardoso visitaram ainda os serviços da Alfândega
em Angra do Heroísmo, que na perspetiva dos parlamentares, sofrem do
mesmo abandono que tem sido geral nos edifícios do Estado na Região.