Chega/Açores vai votar Plano e Orçamento para 2024 em “coerência”
7 de set. de 2023, 18:18
— Lusa
“No dia,
havemos de fazer a votação em coerência com aquilo que nós defendemos,
com aquilo que nós achamos que é o mais justo para o povo açoriano. É
bom que se perceba uma coisa. O que está em causa, não é o Chega, não é o
Governo, é o povo açoriano”, disse José Pacheco.O
líder açoriano do Chega falava aos jornalistas na sede da Presidência,
em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do Governo dos Açores
(PSD/CDS-PP/PPM), no âmbito do processo de auscultação sobre as
antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.“Na
Assembleia Regional eu sempre dei este sinal. Eu aprovei do Bloco, do
PAN, do PS, propostas, porque achava que eram justas ou que podiam
melhorar a vida dos açorianos. E, no último orçamento, eu disse isto. Eu
vou votar o que for o melhor para os açorianos”, declarou.E
prosseguiu: “Se nós chegarmos à conclusão que o próximo orçamento, ou
que este Governo, já não serve os açorianos, assim faremos. [É] tão
simples quanto isso”.José Pacheco também lembrou que, “se houve partido que garantiu estabilidade nos Açores, foi o Chega”.“Fomos
nós que garantimos três orçamentos. Fomos nós, às vezes, até
contrariados, que votámos, até contra aquilo que as pessoas nos diziam
na rua, porque nós achámos que era importante haver estabilidade”,
especificou.Acrescentou que o Chega “é um
partido livre, que pensa as coisas e que toma decisões a pensar nos
açorianos e não a pensar no lugar da assembleia, na cadeira dourada, nos
lugares de gabinetes”.Sobre o sentido de voto do Plano e Orçamento para 2024, deixou claro que o partido só decidirá depois de analisar o documento. “É
preciso também fazer um balanço das muitas propostas que no ano passado
trouxemos, que foram negociadas com o Governo. Temos que ver caso a
caso as que foram cumpridas e as que não foram. Temos que fazer este
balanço. Tenho que reunir com a minha equipa regional, tenho que
conversar com os meus colegas”, rematou.José
Pacheco manifestou ainda preocupações com habitação, a fatura
energética, os preços dos combustíveis e a questão das creches, e
referiu que existem outras situações que o partido também “gostaria de
ver resolvidas”.O presidente do Governo
dos Açores começou hoje a ronda de auscultação dos partidos e parceiros
sociais a propósito do Plano e Orçamento da região 2024, o quarto da
legislatura, que vai ser discutido em novembro na Assembleia Regional.O
Orçamento para 2024 vai ser o primeiro a ser votado após a IL e o
deputado independente terem denunciado os acordos escritos que
sustentavam o Governo Regional.Os três
partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26
deputados na Assembleia Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega,
somam 27 lugares, número insuficiente para a maioria.A
Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na
atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM,
dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um
deputado independente (eleito pelo Chega).