Chega/Açores surpreendido por executivo admitir recuar na prioridade nas creches
6 de ago. de 2024, 15:09
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, o grupo parlamentar lembrou que a proposta do partido – um
projeto de resolução – “foi aprovada por maioria na Assembleia
Legislativa Regional”.O presidente do
executivo açoriano, o social-democrata José Manuel Bolieiro, afirmou aos
jornalistas na segunda-feira, que a intenção do Governo Regional, em matéria de creches, é
adequar a oferta de vagas à procura existente, para que todos os pais e
encarregados de educação possam ter uma “resposta adequada” às suas
necessidades.Após
as declarações de Bolieiro (que governa sem maioria absoluta), o
Chega/Açores afirmou que não se revê “numa governação que recua ao mais
leve agitar das águas”.“Ao que parece o
Governo Regional dos Açores perdeu a sua autonomia e vergou-se aos
caprichos de Montenegro [presidente do PSD], em Lisboa. De igual modo,
desrespeita o parlamento dos Açores, que aprovou por maioria esta
recomendação, ao não a querer executar ou até mesmo alterar o seu
sentido”, afirmou o líder parlamentar José Pacheco, citado na nota.No
seu entendimento, o executivo do arquipélago “ajoelha-se ao discurso
deturpado da esquerda que inflamou a opinião pública dizendo que se
retiravam direitos às crianças, uma oratória muito própria de uma
esquerda que vive há 50 anos a enganar o povo”.“Esqueceram-se
foi que andam a retirar direitos às crianças há muito tempo, ao impedir
que uma família que trabalhe seja a primeira a ter oportunidade de
colocar os filhos numa creche, enquanto outros pais, que nada fazem e
nada querem fazer, acabam por ter esta prioridade injustamente”,
justificou o líder parlamentar do Chega nos Açores.Para
o também líder do partido no arquipélago, uma governação “que vive, ou
sobrevive, ao sabor dos comentadores e inflamadores sociais, não pode
ter condições de prosseguir”. “Se agora o
Governo Regional dos Açores acha que pode recuar na sua posição, que era
mais que justa, então o Chega deixa de ter condições para apoiar esta
governação hesitante e com muita falta de coragem em mudar as coisas”,
admitiu José Pacheco.O grupo parlamentar
termina afirmando que “não se revê neste tipo de governação”: “Os Açores
precisam de uma liderança forte, com coragem e determinação, para que
todos os açorianos tenham melhor qualidade de vida.”A aprovação na Assembleia Legislativa contou com os votos favoráveis do Chega, PSD, CDS-PP e PPM, e abstenção da IL.