Chega/Açores reivindica nova estrada de acesso à Ribeira Quente
9 de jun. de 2023, 13:06
— LUSA/AO online
“A solução é o que está prometido desde 1997:
ter uma estrada alternativa. Obviamente, melhorando aquela, tentando
criar ali condições de segurança, mas ter uma estrada alternativa”,
afirmou, em declarações à Lusa, o líder regional e deputado único do
Chega na Assembleia Legislativa dos Açores, José Pacheco, que visitou
hoje a única estrada de acesso à Ribeira Quente, no concelho da
Povoação.Devido à passagem da depressão
Óscar pelos Açores, que provocou chuva intensa na ilha de São Miguel, a
estrada de acesso à Ribeira Quente ficou obstruída por derrocadas e a
freguesia ficou isolada entre as 15:20 (16:20 em Lisboa) de terça-feira e
as 06:20 de quarta-feira.A circulação
rodoviária na estrada está hoje interrompida, por risco de novas
derrocadas, devido a novas previsões de chuva forte na ilha de São
Miguel, estando autorizada apenas a circulação de veículos prioritários e
de transporte de bens essenciais.Segundo José Pacheco, quem se desloca àquela estrada percebe que “é demasiado perigoso” circular no local.“À
primeira enxurrada que tivemos mais a sério, muitas daquelas partes
caíram. Nós pudemos constatar no local que é uma estrada de forte
perigo. O semi-tunel é uma solução, mas tínhamos de fazer em vários
troços da estrada”, apontou.Em 1997, 29 pessoas morreram soterradas na Ribeira Quente, na sequência de derrocadas.O
deputado do Chega lembrou que, desde essa altura, é prometido um acesso
alternativo à freguesia, mas nem os anteriores governos do PS, nem o
atual (PSD/CDS-PP/PPM), que tomou posse em novembro de 2020, com o apoio
parlamentar do Chega, avançaram com a obra, dando “desculpas
esfarrapadas”.“A população da Ribeira
Quente está fortemente penalizada e, ao longo de décadas, tem andado de
promessa em promessa e a verdade é que nada se fez”, frisou.O
Chega já entregou um requerimento na Assembleia Legislativa dos Açores
sobre a situação e vai “apresentar uma proposta em plenário para que
seja feito imediatamente um estudo de viabilidade para aquela estrada e
consequentemente uma estrada alternativa”.“Nós até vamos dando algum apoio parlamentar, mas não podemos ser cúmplices de nada se fazer”, sublinhou José Pacheco.O líder regional do Chega alertou ainda para a necessidade de obras na estrada da Povoação, que também “é perigosa”.“São
Miguel tem-se visto esquecido no investimento público, não só na
Ribeira Quente”, apontou, pedindo igualmente “prevenção” na limpeza de
ribeiras, para evitar outras catástrofes.“As nossas ribeiras são uma vergonha. A vegetação cresce desalmadamente, não há corte de árvores, não há limpeza”, criticou.