Chega/Açores questiona executivo sobre aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana
21 de jan. de 2025, 17:00
— Lusa/AO Online
“Há
tratamentos inovadores que têm vindo a demonstrar melhorias em relação à
doença Machado-Joseph, mas que ainda não se encontram disponíveis nos
Açores, onde há uma grande incidência da doença, principalmente em São
Miguel e nas Flores”, referiu o partido em comunicado.Segundo
o Chega açoriano, o Governo Regional já adquiriu um aparelho de
Estimulação Magnética Transcraniana, mas ainda não está em
funcionamento, nem há previsões para que os médicos do Serviço Regional
de Saúde (SRS) possam ter formação nesta área.No
requerimento enviado ao executivo de coligação, através do parlamento
regional, o Chega questiona a razão pela qual o equipamento de
Estimulação Magnética Transcraniana para a doença de Machado-Joseph
ainda não estar a funcionar na região.Os
deputados querem ainda saber “porque ainda não foi estabelecida e
divulgada uma calendarização de formação para os profissionais de saúde
do SRS que irão operar o referido equipamento e quantos médicos, ou
profissionais de saúde, terão formação específica para a utilização do
aparelho”.Os parlamentares do Chega/Açores
também perguntam se está prevista “a mobilidade do equipamento entre as
diferentes unidades de saúde das várias ilhas, de forma a facilitar o
acesso aos doentes que não residem na ilha onde o aparelho se encontra”.Caso
tal mobilidade não seja possível, questionam sobre a estratégia
delineada “para assegurar o encaminhamento e acesso dos doentes à
Estimulação Magnética Transcraniana, tendo em conta as dificuldades de
deslocação e os custos envolvidos”.E,
considerando o “caráter urgente e progressivo” da doença, sublinham que
querem saber para quando está previsto o “início efetivo” dos
tratamentos com Estimulação Magnética Transcraniana.O
deputado José Paulo Sousa, citado na nota, lembra que a doença de
Machado-Joseph “implica um custo socioeconómico elevado, não só pela
necessidade de cuidados de longa duração, mas também pela dificuldade de
acesso a tratamentos diferenciados, especialmente em ilhas mais
distantes, o que acarreta deslocações exaustivas e onerosas para doentes
e famílias”. Para o parlamentar, é
“imprescindível que os profissionais de saúde do SRS recebam formação
adequada, de modo a operar de forma segura e eficaz este equipamento,
garantindo o melhor aproveitamento clínico e científico do mesmo”, para
benefício de todos os doentes.