Chega/Açores quer melhor organização das medidas de combate à pandemia
Covid-19
8 de jan. de 2021, 18:15
— Lusa/AO Online
A
direção regional do partido sublinha, numa nota de imprensa, que não
concorda que estejam ainda a ser implementadas "as mesmas soluções que
foram experimentadas no início da pandemia", estando "a região e o país
perante este problema de saúde pública há quase um ano". O
Chega Açores defende, por isso, "um plano de base a médio prazo, capaz
de tranquilizar a população e que permita aos empresários, alguma
previsibilidade das suas atividades e gestão consensual dos seus
recursos humanos, num horizonte temporal satisfatório, assim como aos
profissionais do ensino, que atualmente não têm condições de levar a
efeito um trabalho devidamente programado para um ano letivo".O
Governo dos Açores, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, implementou, a partir
de hoje, novas medidas de contenção da covid-19 na ilha de São Miguel,
como limitação de ajuntamentos, recolher obrigatório, limitação de
horário de restaurantes e lojas, e encerramento de escolas.Estas
medidas vão-se manter durante o período do novo estado de emergência,
até 15 de janeiro, e serão aplicadas apenas à maior ilha dos Açores onde
se têm registado mais casos de covid-19.No
entender do Chega, que tem dois deputados no parlamento açoriano, "a
falta de informações credíveis e a desorganizada implementação de
medidas ao longo do ano transato, foram as principais razões para o
insucesso do combate ao vírus covid-19"."Considerando
que a conclusão do processo de vacinação, ainda está longe de ser
concluído, entende o Chega Açores que já deveria estar implementado um
plano de atuação para os próximos meses, que fracionasse a população e
utilizadores, permitindo assim a frequência dos estabelecimentos de
ensino, dos serviços, do comércio e de tantas outras atividades por um
menor número de pessoas, evitando-se assim concentrações excessivas, ao
contrário do que acontece atualmente", sustenta o partido.O
Chega/Açores alerta que, "quando se diminui o número de horas de
funcionamento de comércio e serviços, aumenta-se a carga de utilizadores
por hora, inversamente ao que se pretende"."No
nosso entender, será mais adequado manter ou aumentar as horas e ou os
dias de funcionamento, da mesma forma que (por exemplo) programando-se o
ensino presencial de forma fracionada, também se diminui a
possibilidade de criação de grandes cadeias de contágio", aponta a nota
de imprensa, assinada pelos dois deputados do Chega no parlamento
açoriano Carlos Furtado (que é também o presidente do partido na região)
e José Pacheco. Para o Chega, "a
situação atual só existe porque houve inicialmente um alarme social
excessivo, que depois foi sendo progressivamente desvalorizado pela
população", alertando que, "fruto disso, as pessoas já perderam o pavor
inicial a esta pandemia, justamente na altura em que estamos na fase
mais critica, motivada pelo crescimento normal e exponencial" de casos.Por
outro lado, o partido assinala que "esta realidade atual" coloca "ainda
mais a descoberto a injustiça social" no país, apontando para "as
diferenças de regalias entre os funcionários públicos e privados, entre
as quais o 'lay off'".