Chega/Açores quer informações sobre despesa do novo executivo regional

Numa nota enviada às redações, os eleitos do Chega na Assembleia Regional, Carlos Furtado e José Pacheco, informam que enviaram uma carta ao Governo dos Açores, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, a “requerer informações quanto à despesa de funcionamento” do executivo regional.“A missiva enviada solicita a identificação das medidas de redução de despesa a adotar pelo novo executivo, para fazer face ao expectável aumento que resulta do facto de a composição desta nova governação dispor de maior número de secretarias e direções regionais”, lê-se no comunicado.O Chega/Açores, que suporta no parlamento o governo açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM, considera a “eliminação de gorduras deixadas pelo anterior governo” (liderado pelo PS) como um “trabalho urgente” para “salvaguardar os interesses públicos da região”.O partido realça ainda ser necessário promover a “transparência” e a “igualdade de oportunidades entre as empresas que fornecem bens à administração pública”.“O documento enviado ao governo aponta ainda que a informação solicitada deverá ser disponibilizada antes da apresentação do Orçamento e Plano, porque a boa e objetiva análise deste último depende da informação agora requerida”, acrescenta o comunicado.O Governo Regional dos Açores, nomeado em 20 de novembro, é maior do que o anterior executivo do PS, tendo 10 secretarias regionais e uma subsecretaria, além de Presidência e da Vice-presidência.O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação. A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com o Iniciativa Liberal (IL).Com o apoio dos dois deputados do Chega e do deputado único do IL, a coligação de direita soma 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, um número suficiente para atingir a maioria absoluta, o que levou o representante da República a indigitar José Manuel Bolieiro como presidente do Governo Regional, no dia 07 de novembro.