Chega/Açores pede restabelecer de normalidade na região "dentro do possível"
Covid-19
21 de abr. de 2020, 17:27
— Lusa/AO Online
No entender do Chega/Açores, "ainda" não foram
tomadas medidas para "estabelecer regras que salvaguardem a necessária
segurança da saúde pública, podendo esta situação originar novos focos
de contágio, num futuro próximo", até porque se terá de "retomar a
atividade económica o quanto antes", sublinha a nota enviada às redações
pela comissão instaladora do partido nos Açores.Na
carta enviada ao chefe do executivo regional socialista, Vasco
Cordeiro, o Chega propõe a criação de equipas técnicas para uma
"formação adequada a todos os agentes económicos, nas áreas industrial,
comercial, agroalimentar, entre outras" e "estudando setor a setor quais
as melhores práticas laborais no sentido de proteger estes agentes
sociais e a população". O documento
assinado pelo presidente da Comissão Instaladora do Chega nos Açores,
Carlos Augusto Furtado, sublinha que "a reabertura de algumas atividades
económicas deverá, neste período, ser acompanhada de eventuais
vistorias e emissão de licenças de utilização especiais e temporárias,
que comprovem a compatibilização da atividade com a necessidade de
cumprimento de regras de saúde pública inegociáveis" com o objetivo de
"minimizar os riscos de uma possível nova vaga de contágio, que a
acontecer terá efeitos devastadores a todos os níveis"."Este
trabalho formativo será um importante instrumento no objetivo de
uniformizar procedimentos, processos de trabalho e práticas de prestação
de serviços, entre áreas de atividade similares", defende a carta.Além
disso, acrescenta o documento, "deve o Estado nas áreas de delegações
de saúde, fiscalizações municipais e fiscalização de condições laborais
desenvolver mais ações de fiscalização, aconselhamento e verificação de
cumprimento de regras"."Somos do entender
que a não implementação destas práticas formativas, a não uniformização
de métodos e práticas laborais e o não acompanhamento técnico e
fiscalizador, por parte do Estado na reativação da nossa atividade
económica, podem trazer consequências gravíssimas aos açorianos e à
nossa economia", alerta.A carta refere
ainda que, estando hoje os Açores com a situação relativamente
controlada a nível de contágio comunitário, deve começar-se a pensar em
restabelecer, dentro do possível, a normalidade."Salientamos
o facto de a nossa região, quer pela sua dispersão geográfica, quer
pela moderada concentração populacional, ser um lugar de excelência para
por em prática, de forma concertada, hábitos e procedimentos capazes de
controlar a permanência deste grave problema de saúde pública", diz o
documento.