Autor: Lusa
No segundo dia das jornadas parlamentares que decorrem na ilha Terceira, os deputados do Chega/Açores visitaram as obras da estrada que liga as freguesias do Raminho e da Serreta, no concelho de Angra do Heroísmo, que está interdita à circulação rodoviária desde o dia 14 de janeiro de 2024, devido a uma derrocada provocada por um sismo de 4,5 na escala de Richter, inserido na crise sismovulcânica em curso na ilha desde junho de 2022.
No dia 20 de fevereiro deste ano, o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) informou que a obra de estabilização do talude tinha sido adjudicada por 2,3 milhões de euros, com IVA incluído, com uma extensão de 500 metros, para “resolver definitivamente a instabilidade do talude, criando um novo sistema de drenagem e aumentando a segurança da via”.
Com um prazo de execução de 180 dias, a empreitada “consistirá na regularização do talude de escavação, com a criação de banquetas, e na execução de uma barreira de proteção e muro de suporte na base do talude, além da implementação de um novo sistema de drenagem e da repavimentação do troço”, adiantou.
Hoje, os parlamentares do Chega açorianos lembraram em comunicado que foram elaborados vários requerimentos sobre a estrada e apresentado um projeto de resolução que propunha uma alternativa, “sem os constrangimentos de circulação que se sentem atualmente”.
O partido salientou que mantém o seu papel fiscalizador da atuação do Governo Regional e concluiu que “os prazos de execução da obra não estão a ser cumpridos”.
“Compreendemos que é uma obra complexa, mas o Governo Regional tem de zelar para o cumprimento dos prazos, porque estamos a falar de muitos milhões de euros para os contribuintes”, afirmou o parlamentar Francisco Lima citado na nota.
Depois de referir que o partido nunca foi a favor da solução atual, uma vez que a obra está a ser feita, “há que acelerar o processo” com vista à sua conclusão.
“A solução que apresentámos era para se fazer um caminho alternativo paralelo. Na prática, estão a fazer o que o Chega defendeu, mas com muitos mais custos. Dissemos que era possível um caminho paralelo e a montanha ficava como estava, mas não foi isso que foi feito. Já que encontraram uma solução, ao menos que cumpram os prazos e que as coisas avancem para que haja uma conclusão, porque as pessoas têm de transitar entre as duas freguesias”, sustentou Francisco Lima.
O
atraso na reabertura da estrada principal entre Raminho e Serreta tem
motivado críticas de partidos políticos, autarquias e empresários e do
Conselho de Ilha da Terceira.