Chega/Açores garante que não quer criar instabilidade no orçamento
16 de set. de 2024, 15:40
— Lusa/AO Online
"Nós
temos que deixar de pensar nisto de criar instabilidade. Nós temos que
criar é estabilidade. E a estabilidade é fundamental para os açorianos",
afirmou José Pacheco, em declarações aos jornalistas.José
Pacheco, também líder parlamentar do Chega no parlamento açoriano,
falava no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel,
após uma audiência com o presidente do Governo Regional
(PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, no âmbito do processo de
auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para
2025.O líder regional do Chega realçou "o diálogo" que o partido tem mantido com o Governo açoriano de coligação. "Não
me dá prazer nenhum criarmos um clima de instabilidade", reforçou o
dirigente regional do Chega, assegurando que o partido "quer que os
Açores andem para a frente". "E as brigas
que vamos ter ou as discussões que vamos ter, as desavenças que possamos
ter, vão ter que ser feitas internamente com o Governo Regional", disse
ainda, garantindo que "as coisas têm corrido" no diálogo mantido com o
executivo açoriano.José Pacheco adiantou, no entanto, que o Chega/Açores tem "muito mais para propor e negociar" com o Governo Regional. Não
vale a pena criar um clima de instabilidade. Os açorianos não merecem
isso. Merecem que os Açores andem para a frente", vincou.Entre
as preocupações deixadas ao presidente do Governo Regional, José
Pacheco assinalou as questões sociais e disse ter alertado também "para
outras questões que vão mexendo com a economia"."Nós
não estamos contra os apoios sociais para quem precisa. E isto que
fique muito claro. Pelo contrário, quem precisa está a receber pouco,
porque o bolo está a ser dividido por todos. Nós queremos é que, quem
realmente precisa, tenha até uma majoração", explicou.Para
o presidente do Chega/Açores, a região não pode "continuar a ter
assistentes sociais a empurrar as pessoas para o Rendimento Social de
Inserção (RSI) e para os presidentes de Junta".José
Pacheco criticou "a retórica do PS e do Bloco de Esquerda", partidos
que afirmam que "as pessoas iam a procura de emprego quando nem sequer
estão inscritas nos centros de emprego".O
deputado disse ainda que o Chega vai dar um "passo em frente" na
habitação, com a apresentação de um projeto para que o Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR) "possa ser executado sem entraves""Temos uma data de terrenos abandonados a criar mato e que nada se faz porque há burocracia. Patetices do proibir e proibir".Por
outro lado, avançou ainda que o Chega/Açores está "a trabalhar no
sentido de converter a taxa de audiovisual nos Açores para a proteção
civil e, diretamente, será para apoiar as corporações e associações de
bombeiros".O executivo saído das eleições
legislativa antecipadas de 04 de fevereiro Governa a região sem maioria
absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outro
partido ou partidos com assento parlamentar para aprovar as suas
propostas.No sufrágio de fevereiro, PSD,
CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O
PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega,
com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando
os 57 eleitos.