Autor: Lusa/AO Online
"Não ouvi nada de novo. Parece-me que é um governo de continuidade que hipocritamente, ou cinicamente, apela ao diálogo, quando no passado não o soube fazer", afirmou o deputado regional.
José Pacheco falava aos jornalistas após a tomada de posse do novo executivo açoriano, numa sessão realizada na Assembleia Legislativa do arquipélago, na cidade da Horta, na ilha do Faial.
O dirigente – que desde a campanha para as eleições regionais disse que o partido queria integrar o executivo - defendeu a necessidade de ter havido "um governo mais magro".
"Mas, também compreendo que se tenha aqui que contemplar todos os pactos partidários que foram feitos", admitiu, referindo que o Chega deu "uma oportunidade à coligação" para iniciar um diálogo, mas "até à data não houve esse diálogo".
"Também não esperem que vamos levar a criança ao colo, porque isto não vai acontecer", afirmou, acrescentando que "o único pacto" do Chega é com o povo açoriano.
Com a entrada em funções, o novo executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM (no poder desde o final de 2020) tem 10 dias para entregar o Programa do Governo, o documento que contém as principais orientações políticas e as medidas a propor para toda a legislatura.
José Pacheco disse que o Chega não tomou nenhuma decisão sobre o documento.
"A única decisão é ler o Programa. Depois vamos fazer essa avaliação e só depois damos conta da nossa decisão. Vai depender muito do documento e das linhas orientadoras", disse o deputado.