Chega/Açores defende que privatização da Azores Airlines não deve parar
2 de mai. de 2024, 18:53
— Lusa
O líder
regional do Chega nos Açores, José Pacheco, citado numa nota de
imprensa, considera importante “que o processo de privatização não
pare”.A Azores Airlines, que assegura as
ligações dos Açores com o exterior, “é um ativo tóxico da região e temos
de nos livrar dele”, afirma.O Governo dos
Açores anunciou hoje o cancelamento do concurso de privatização da
companhia aérea Azores Airlines e o lançamento de um novo, alegando que a
companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do
processo e vale agora 20 milhões, mas negou que as reservas sobre o
consórcio concorrente tenham pesado na decisão.No
início de abril, o júri do concurso público da privatização da Azores
Airlines entregou o relatório final e manteve a decisão de aceitar
apenas um concorrente, mas admitiu reservas quanto à capacidade do
consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia.Também
o Conselho de Administração do grupo SATA, liderado por Teresa
Gonçalves, que entretanto se demitiu, manifestou “reservas sobre o
consórcio NewTour MS Aviation e sobre as limitações do concorrente” no
parecer enviado ao Governo Regional.O
Chega/Açores lembra na nota que o processo de privatização da Azores
Airlines “está envolto em polémicas e em dúvidas, que importa
esclarecer, sempre para o melhor interesse dos açorianos e da própria
companhia aérea regional”.“É esta a
posição do Chega/Açores que sempre disse que, havendo dúvidas -
principalmente em relação ao consórcio vencedor do concurso para
aquisição de parte da Azores Airlines –, era necessário esclarecê-las”,
lê-se.José Pacheco, que também é o líder
parlamentar do Chega na região, sustenta que “neste caso havia dúvidas”,
daí que compreenda “a prudência do Governo Regional em cancelar o atual
concurso para lançar um outro, mais vantajoso para a região e para a
companhia aérea”.Para o partido, “há que
avançar com o processo de privatização da melhor [forma] possível, para
que a região também não seja prejudicada”.O
líder regional do Chega admite que o concurso “não correu bem”, embora
“não por culpa do Governo Regional, mas pelas dúvidas que se levantaram”
em relação ao consórcio admitido para aquisição da companhia aérea
açoriana.Os açorianos “não podem estar a
pagar um prejuízo tremendo” com a companhia aérea “que dá muitos milhões
de prejuízo à região, sendo essencial avançar com a sua privatização,
embora tal não possa acontecer a qualquer custo”, concluiu.