Chega/Açores defende “adequado transporte” marítimo de mercadorias de Santa Marria
19 de ago. de 2022, 16:45
— Lusa/AO Online
José Pacheco, citado em nota de
imprensa, considera que “é preciso um adequado transporte marítimo de
mercadorias” e que é necessário “tratar disto imediatamente e não para o
ano”.José Pacheco, que esteve hoje
reunido com a direção da Cooperativa AgroMariense, refere que esta “é
uma dificuldade com que as ilhas mais pequenas do arquipélago se debatem
e que, no caso da ilha de Santa Maria, coloca em causa a própria
qualidade de um dos produtos de excelência: a meloa”.De
acordo com o dirigente, a meloa de Santa Maria, produto de
Identificação Geográfica Protegida, “é um produto âncora, de excelência e
de qualidade, que tem sido colocado em causa por causa do escoamento”.Segundo
o Chega/Açores, as empresas de transporte marítimo “nem sempre adequam
as passagens pela ilha consoante as necessidades de quem produz e
exporta” e, por outro lado, “falta articulação entre os vários
operadores de transporte marítimo nas várias ilhas”, bem como existe
“falta de articulação do avião cargueiro”.José
Pacheco considera que, no caso da meloa de Santa Maria, a solução
poderá passar até “por uma parceria com o transporte já existente, da
empresa Pareces”, embora também possa beneficiar com o avião cargueiro.“Continuo
sem perceber porque o Governo Regional [de coligação PSD/CDS-PP/PPM]
ainda não veio falar com os empresários sobre o cargueiro aéreo. Não sei
se o Governo Regional está à espera que o cargueiro passe a ser um
fiasco. Gostava que o cargueiro servisse os açorianos, mas sem diálogo
não vai funcionar”, afirma.A meloa de
Santa Maria é produzida de junho a setembro e anualmente são
comercializadas 120 toneladas, mas a Cooperativa AgroMariense acredita
que, havendo um bom escoamento do produto, a produção de meloa pode
duplicar para cerca de 300 toneladas por ano. “A
meloa de Santa Maria tem de ser defendida e valorizada”, insiste José
Pacheco, considerando que este produto de excelência “deve ser um
orgulho para todos os açorianos”.Segundo a
Cooperativa AgroMariense, para além da meloa, também a carne,
nomeadamente o gado vivo, e até o peixe, têm problemas de escoamento,
sendo ainda necessário melhorar as condições do matadouro de Santa
Maria, através de máquinas de frio, bem como melhorar capacidade de
armazenamento de carcaças e as condições da sala de desmancha.José
Pacheco está de visita a Santa Maria e tem previstas várias reuniões,
para além do encontro com Cooperativa AgroMariense, tais como com a
Associação Regional de Criadores de Caprinos e Ovinos dos Açores
(ARCOA).