Chega/Açores acusa primeiro-ministro de discriminar lavoura açoriana
24 de mai. de 2023, 17:19
— Lusa
José Pacheco considera que “o
facto dos Açores e a Madeira não estarem incluídos nas medidas do Pacto
para a Estabilização de Preços dos Bens Alimentares, mostra “o desprezo
que António Costa tem para com a lavoura açoriana, que dá um contributo
muito importante ao todo nacional e é um dos principais setores de
atividade da região”.“O Chega entende que a
exclusão dos agricultores açorianos destes apoios não faz qualquer
sentido, já que o arquipélago é a região do país mais afastada dos
mercados internacionais, o que implica custos de produção superiores
àqueles que se verificam no continente”, refere o deputado único do
Chega na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, em nota de
imprensa.Este apoio nacional foi criado no âmbito da invasão russa e tem uma dotação global de 137 milhões de euros.A
24 de março, o Governo anunciou que iria atribuir este ano um apoio de
140 milhões de euros à produção agrícola, que seria destinado, de forma
direta, aos produtores agrícolas para fazer face ao aumento dos custos
de produção.A 12 de maio, a Federação
Agrícola dos Açores (FAA) considerou "claramente discriminatório" o
facto de a região ficar de fora das medidas para a estabilização de
preços dos bens alimentares, publicadas em Diário da República.O
organismo, presidido por Jorge Rita, referiu, em nota de imprensa, que
lamenta que “as medidas do pacto para a estabilização de preços dos bens
alimentares, publicadas em Diário da República, sejam exclusivamente
destinados ao setor agrícola continental, não se aplicando desta forma, à
Região Autónoma dos Açores”.“Estas
medidas destinam-se a mitigar o efeito da subida dos custos de produção
que ocorreram nas explorações agrícolas devido à invasão da Ucrânia pela
Rússia, pelo que, a compensação excecional e temporária dirigida aos
agricultores, bem como os apoios criados para minimizar o aumento dos
combustíveis e da eletricidade, são mais do que justos”, afirmou.