Chefe da NATO concorda com Trump para “maior envolvimento” no Médio Oriente
9 de jan. de 2020, 11:39
— Lusa/AO Online
Durante
a conversa, Trump “pediu” a Stoltenberg um “maior envolvimento” da NATO
na região, e ambos concordaram “que a NATO pode contribuir mais para a
estabilidade regional e no combate ao terrorismo internacional”, segundo
um comunicado da Aliança. A NATO
participa em missões de treino Iraque e Afeganistão e como membro da
Coligação global que combate o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico. O
Presidente dos EUA tinha anunciado horas antes que ia pedir à NATO para
se envolver mais nos processos do Médio Oriente, recordando os esforços
que tem feito no seu mandato para estabilizar a região, nomeadamente no
combate contra o movimento terrorista do Estado Islâmico.Durante
uma comunicação ao país, horas depois de dois ataques com mísseis
lançados pelas forças iranianas contra bases militares no Iraque que
albergam militares norte-americanos, Donald Trump disse não querer uma
guerra com o Irão e pediu aos aliados para colaborarem no processo de
paz no Médio Oriente.Mais de uma dúzia de
mísseis iranianos foram lançados hoje de madrugada contra duas bases
iraquianas com tropas norte-americanas, em Ain al-Assad (oeste) e Erbil
(norte).O ataque foi reivindicado pelos
Guardas da Revolução iranianos como uma “operação de vingança”, em
retaliação pela morte do general Qassem Soleimani, comandante da sua
força Al-Quds, na sexta-feira, num ataque aéreo em Bagdade ordenado pelo
Presidente norte-americano, Donald Trump.A
televisão estatal iraniana referiu que aquela operação militar foi
designada “Mártir Soleimani” e que matou “pelo menos 80 militares
norte-americanos”, mas Donald Trump negou a existência de baixas.Numa
comunicação ao país, o presidente dos EUA anunciou que Washington vai
intensificar sanções económicas contra o Irão, mas não referiu nova
retaliação militar.O ministro da Defesa
Nacional, João Gomes Cravinho, disse que os militares portugueses no
Iraque estão “fora de qualquer tipo de perigo”, aquartelados a mais de
200 quilómetros dos locais onde caíram os mísseis iranianos.