CGTP-IN/Açores pede redução do horário de trabalho para 35 horas em 2024
8 de nov. de 2023, 17:12
— Lusa
Segundo
o dirigente Vítor Silva, o documento hoje apresentado em conferência de
imprensa, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, contém propostas
destinadas a “melhorar as condições de vida nos Açores”.Como
principais reivindicações para 2024, a comissão coordenadora da
CGTP-IN/Açores apresenta o aumento do Acréscimo Regional do Salário
Mínimo Nacional de 5% para 10%, “considerando o aumento da inflação e o
diferencial do custo de vida entre os Açores e o continente”, e o
aumento salarial de 15%, “num mínimo de 150 euros, para todos os
trabalhadores, com efeitos a 01 de janeiro”.O
aumento da Remuneração Complementar para 100 euros e a “redução do
horário de trabalho das 35 horas [semanais], sem aumento da jornada
diária e sem redução da retribuição”, são outras das propostas, segundo
Vítor Silva.A central sindical sugere
também a fixação de preços máximos nos bens e serviços públicos
essenciais, a “prioridade absoluta na criação e manutenção de emprego,
através do estímulo à produção regional, potenciada por uma política de
incentivos assertiva e eficaz para apoiar as micro, pequenas e médias
empresas” e a “necessidade imediata da criação e aplicação de um Plano
de Combate à Precariedade”.Vítor Silva
disse que o caderno reivindicativo dos trabalhadores açorianos para 2024
é apresentado nesta altura “para poder ser um contributo para o
Orçamento Regional”.O documento “tem um
conjunto de medidas muito significativas que poderiam, de facto,
contribuir para melhorar a vida nos Açores”, salientou.O
dirigente referiu ainda que, caso as propostas não sejam aceites,
“possivelmente os trabalhadores vão manifestar na rua” o seu
descontentamento e vão exigir as soluções que pretendem.“Eu
acredito, até por aquilo a que tenho assistido nas reuniões no local de
trabalho, […] que esse descontentamento vai aumentar porque, de facto,
neste momento é insuportável o aumento do custo de vida na região”,
admitiu, considerando que atualmente “não se vive, sobrevive-se nos
Açores”, o que demonstra que a realidade “é muito má”.Nas
reivindicações para 2024, a CGTP-IN/Açores também inclui a garantia da
qualidade e o reforço das funções sociais do Estado e dos serviços
públicos e uma política fiscal justa que garanta “mais recursos
financeiros” aos trabalhadores.