CGTP dedica condecoração a trabalhadores e dirigentes
4 de ago. de 2021, 18:02
— Lusa/AO Online
“Consideramos
que é a todas essas gerações de dirigentes sindicais, ativistas
sindicais, trabalhadores, que contribuíram ao longo destes 50 anos para
tudo em termos de transformação da nossa sociedade”, que se dedica a
condecoração, afirmou a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, que
falava aos jornalistas após a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, no
Palácio de Belém, em Lisboa.Em
01 de outubro de 2020, o Presidente da República tinha anunciado a
atribuição da condecoração, sugerida pelo primeiro-ministro, António
Costa, a propósito dos 50 anos da central sindical. Numa
nota colocada, na altura, no portal da Presidência, Marcelo Rebelo de
Sousa, destacou a luta da CGTP contra o cerceamento antidemocrático dos
direitos dos trabalhadores e de afirmação dos valores da liberdade,
igualdade e da solidariedade.O
chefe de Estado notou também o respeito e promoção da dignidade do
trabalho e da justiça social pela Confederação Geral dos Trabalhadores
Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN). Garantindo
que a confederação está honrada com a atribuição deste título, Isabel
Camarinha assegurou que a intersindical vai continuar ligada aos locais
de trabalho e aos problemas dos trabalhadores, bem como à defesa dos
seus direitos, interesses e à melhoria das condições de vida. Na
audiência que se seguiu à atribuição da condecoração, a líder da CGTP
defendeu a necessidade de alteração de políticas tomadas mesmo antes da
pandemia, que levaram aos baixos salários e ao desinvestimento nos
serviços públicos e nas funções sociais. Assim,
a central sindical reiterou ser necessário o aumento geral dos
salários, a redução do horário semanal para as 35 horas, o fim da
precariedade e o emprego com direitos. “O
salário mínimo nacional está a engolir grande parte das tabelas
salariais em todos os setores de atividade. Setores de atividade de
grande especialização têm, neste momento, um afastamento do salário
mínimo reduzidíssimo, quando há poucos anos, tinham centenas de euros de
diferença entre o salário mínimo e o salário base. Isto vai aprofundar a
crise que já estamos a atravessar”, vincou.