CGTP/Açores defende que aumento da massa salarial deve ser prioridade do Governo Regional
7 de mar. de 2024, 17:05
— Lusa
João Decq Mota,
que falava à Lusa na sequência da tomada de posse do novo Governo
Regional, na segunda-feira, na Assembleia Legislativa, na Horta,
defendeu que o novo executivo açoriano tem de combater a “utilização
abusiva e sistemática de trabalhadores em falsos recibos verdes”, que o
anterior Governo estava a “usar muito”.O
sindicalista reiterou ainda a “necessidade imediata de criação de um
plano de combate à precariedade”, mas insistiu que “para a CGTP/Açores a
prioridade é o aumento salarial de 150 euros para cada trabalhador, a
01 de janeiro de 2024”.Além disso, João
Decq Mota defendeu o aumento do acréscimo regional ao salário mínimo
nacional de cinco para 10%, a par da subida da remuneração complementar
para 100 euros e da fixação das 35 horas semanais para “todos os
trabalhadores e setores sem perda de remuneração”.Por
outro lado, devem ser fixados preços máximos a praticar nos bens e
serviços públicos essenciais para “aliviar as famílias”, acrescentou.“Todas
essas medidas, para nós são possíveis. Nós temos vivido nos Açores e no
país uma inflação esmagadora e que está a sufocar os trabalhadores”,
salientou o sindicalista.Em 04 de
fevereiro, a coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu as regionais com 43,56% dos
votos e elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa,
precisando de mais três para ter maioria absoluta.Hoje
ao final da tarde, o programa do novo Governo Regional dos Açores,
liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, será entregue ao
presidente da Assembleia Legislativa, Luís Garcia.O
PS e o BE já anunciaram o voto contra o Programa do Governo, documento
que contém as principais orientações políticas e as medidas a propor
para a legislatura. O Chega fez depender o seu voto do conteúdo do
documento e da composição do executivo, enquanto IL e PAN remeteram a
decisão para depois de o conhecerem.Segundo o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, a rejeição do Programa do Governo implica uma maioria absoluta.