César lembra Sérgio Monteiro e diz que há "fantasmas bem vivos" no caso CTT
8 de jan. de 2018, 15:07
— Lusa/AO online
Em
outubro de 2013, sublinhou Carlos César, Sérgio Monteiro afirmava que
"quaisquer perspetivas de degradação de serviço" dos CTT, em virtude da
privatização, "não passavam de fantasmas", mas afinal, advogou o líder
parlamentar do PS, esses fantasmas estão "bem vivos"."Esses
fantasmas [estão] bem vivos à nossa volta, e com uma grande dificuldade
em contornar o prejuízo que estamos a ter do ponto de vista do
serviço", realçou Carlos César, também presidente do PS e presidente
honorário do PS/Açores.O
socialista falava aos jornalistas em Ponta Delgada, depois de se ter
reunido com o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, onde se
prevê o encerramento de um balcão dos CTT em virtude do plano de
reestruturação da empresa.Carlos
César lembra que o processo "tem muitos condicionantes", o executivo
"não pode mandar fechar ou abrir lojas", visto os CTT serem uma empresa
privada, e nesta fase um eventual regresso à esfera pública não é o foco
dos socialistas."É
importante dar uma oportunidade ainda à empresa para que estas
situações sejam esclarecidas", considerou o líder parlamentar do PS.O
PS já veio requerer a audição do presidente da Anacom (Autoridade
Nacional de Comunicações) para apurar se o plano de reestruturação dos
CTT respeita o contrato de concessão assinado com o anterior Governo.Os
CTT confirmaram na semana passada o fecho de 22 lojas no âmbito do
plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos
Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.A
empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul
do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às
populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso
nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades
face à procura existente".Em
causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa),
Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente
(Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão),
Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza
(Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra),
Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas
(Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real),
Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco
da Calheta (Calheta, na Madeira).No
caso do balcão em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Carlos César diz
que este posto "não contribui para qualquer défice de exploração da
empresa" na região e o critério da distância é "perfeitamente
aleatório", asseverando o socialista que irá, no quadro da Assembleia da
República, procurar obter mais esclarecimentos da parte dos CTT.