Certificado Digital de vacinação com "alguns avanços" na segunda quinzena de junho
Covid-19
7 de jun. de 2021, 17:39
— Lusa/AO Online
Marta
Temido explicou que têm estado a ser feitos testes através dos Serviços
Partilhados do Ministério da Saúde, concretamente sobre “as regras por
trás do certificado” e “da implementação”, processos que devem terminar
nos próximos dias.“Contamos
ter os testes concluídos por esta semana e estar em condições de fazer
alguns avanços, independentemente do que seja a entrada em vigor no dia
01 de julho [nos Estados-membros da União Europeia], já na segunda
quinzena de junho”, disse, no final de uma visita à Unidade de Cuidados
Intensivos da Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Batalha.O
Certificado Digital permitirá “uma forma de todos termos, com maior
segurança, maior facilidade e confiança, algum regresso à normalidade”.Marta
Temido prometeu ainda empenho do Governo em criar condições para
“permitir e criar melhor motivação e atratividade ao Serviço Nacional de
Saúde (SNS)”, em resposta à notícia de dezenas de saídas com o fim do
estado de emergência.A
TSF noticiou que 20 enfermeiros, 13 médicos, 10 técnicos
superiores, quatro assistentes e três auxiliares saíram do IPO entre 1
de maio e a passada sexta-feira.“Naturalmente
pessoas que já tinham os seus projetos de vida antes do início da
pandemia e que, no fundo, continuaram a colaborar com o SNS ao abrigo de
regimes excecionais, têm agora a possibilidade de fazer as escolhas que
já antes tinham antecipado”. Ao
Governo cabe, sublinhou, “criar regimes de atração e, sobretudo, criar
as condições de autorização para reforçar os recursos humanos em áreas
que são novas e que não têm a ver com a pandemia, como são blocos
operatórios ou unidades de quimioterapia que entretanto ficaram
prontos”.A ministra lembrou diligências já feitas para “melhorar as condições de trabalho” no SNS:“Agora,
já ninguém se lembra, mas recordo a passagem do horário das 40 para as
35 horas; recordo a reposição das majorações pelo valor do trabalho
extraordinário; e recordo, mais recentemente, aquilo que foram os
regimes de incentivos estabelecidos durante o combate à pandemia”,
frisando que “no mês passado foi autorizada a fixação de mais quase
2.500 profissionais ao SNS dos que tinham sido contratados ao abrigo do
regime excecional da pandemia e que correspondem a necessidades
permanentes”.A
governante mostrou-se preocupada com a situação pandémica entre os
jovens e no concelho de Lisboa, referindo que tem “tido um crescimento
da transmissão da infeção em grupos mais jovens, que normalmente tendem a
achar que estão protegidos - e estarão certamente de doença mais grave -
mas que podem transmiti-la” não se sabendo ainda quais são as
consequências que poderão ter no médio, longo prazo. Sobre
Lisboa, a ministra admitiu que os números acima dos indicadores
nacionais são uma “situação que preocupa face à elevada densidade que
tem, face a uma população muito jovem que se movimenta com facilidade, e
onde é fácil a transmissão”.“Vamos continuar a trabalhar em testes, avisos à população, cada um a fazer a sua parte”, concluiu.