Certificado da UE passa a ser válido por 270 dias e inclui vacina de reforço
Covid-19
21 de dez. de 2021, 13:27
— Lusa/AO Online
Em comunicado, a
Comissão Europeia indica que “adotou hoje regras relativas ao
Certificado Digital Covid-19 da UE, estabelecendo um período de
aceitação vinculativo de nove meses - precisamente 270 dias - de
certificados de vacinação para efeitos de viagens intra-UE”.“Um
período claro e uniforme de aceitação dos certificados de vacinação
garantirá que as medidas de viagem continuarão a ser coordenadas, tal
como solicitado pelo Conselho Europeu”, ressalva o executivo
comunitário, apontando que “as novas regras garantirão que as restrições
se baseiem nas melhores provas científicas disponíveis, bem como em
critérios objetivos”.Para Bruxelas, “é
essencial manter a coordenação para o funcionamento do mercado único e
proporcionar clareza aos cidadãos da UE no exercício do seu direito à
livre circulação”, ainda que vários Estados-membros, como Portugal,
estejam a reimpor obrigações como de teste mesmo para vacinados que
entrem no país devido ao agravar da situação epidemiológica da Covid-19 e
à nova variante Ómicron, muito mais contagiosa que as anteriores.No
que toca ao período de nove meses, a instituição explica que “este
período de validade tem em conta a orientação do Centro Europeu de
Prevenção e Controlo de Doenças, segundo a qual as doses de reforço são
recomendadas o mais tardar seis meses após a conclusão do primeiro ciclo
de vacinação”.Acresce que “o certificado
permanecerá válido por um período de carência de mais três meses para
além desses seis meses, a fim de assegurar que as campanhas nacionais de
vacinação possam ser ajustadas e que os cidadãos tenham acesso às doses
de reforço”, explica Bruxelas.Essas doses
de reforço passam também a estar incluídas na informação do certificado
de vacinação, ainda que distinguidas do ciclo primário de inoculação,
de acordo com a Comissão Europeia.Em causa
está o certificado digital da UE, comprovativo da testagem (negativa),
vacinação ou recuperação do vírus SARS-CoV-2, que entrou em vigor na
União no início de julho.Dados da Comissão
Europeia revelam que, até agora, foram emitidos 807 milhões de
certificados na UE, num total de 60 países e territórios dos cinco
continentes que já aderiram ao sistema.Também
hoje, foram anunciadas cinco novas decisões de equivalência para
reconhecimento dos certificados da UE no Montenegro, Taiwan, Tailândia,
Tunísia e Uruguai, prevendo também uma validação semelhante para os
documentos destes países no espaço comunitário.Este
“livre-trânsito”, que é gratuito, funciona de forma semelhante a um
cartão de embarque para viagens, com um código QR para ser facilmente
lido por dispositivos eletrónicos e na língua nacional do cidadão e em
inglês.Foi inicialmente criado para
facilitar a livre circulação no espaço comunitário, mas países como
Portugal e outros alargaram o seu uso para verificação em espaços
sociais como eventos e estabelecimentos.