Certificado Covid-19 permite viajar em liberdade e segurança
UE/Presidência
14 de jun. de 2021, 10:33
— Lusa/AO Online
“Temos
agora a oportunidade de viajar em liberdade e em segurança, mas sempre
respeitando as normas de segurança, porque é preciso continuar a
combater esta pandemia”, declarou o chefe de Governo, nas instalações do
Parlamento Europeu, em Bruxelas, durante a cerimónia de assinatura do
regulamento que enquadra este certificado digital Covid-19.O
documento, comprovativo da testagem (negativa), vacinação ou
recuperação do vírus SARS-CoV-2, entrará em vigor na UE a tempo do verão
e António Costa classificou-o por isso como um “passo muito importante”
com vista à retoma das viagens.“É
um passo importante para dar força à nossa economia e à nossa
recuperação”, frisou o responsável, em representação da presidência
portuguesa da UE.Mas
apesar deste “renovado sentimento de confiança” para as viagens no
espaço comunitário, o primeiro-ministro insistiu ser necessário manter
regras como as de higiene, “mesmo depois da vacinação”.Presentes
na cerimónia estavam ainda o presidente do Parlamento Europeu, David
Sassoli, e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen. O
Parlamento Europeu aprovou na passada quarta-feira a adoção do
certificado digital Covid-19, que permitirá aos cidadãos comunitários já
vacinados, recuperados de uma infeção ou testados viajar sem restrições
dentro da União Europeia a partir de 01 de julho.Depois
de, em meados de maio, os negociadores da presidência portuguesa do
Conselho da UE e do Parlamento Europeu terem chegado a um acordo
político sobre o certificado, proposto pela Comissão Europeia em março
passado, a aprovação pela assembleia do texto do compromisso que
enquadra juridicamente o documento abre caminho à sua entrada em vigor
na data prevista e por uma duração de 12 meses.Em
Portugal, os primeiros certificados digitais covid-19 para cidadãos
nacionais deverão começar a ser emitidos a meio desta semana pelos
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, disse fonte governamental à
Lusa no domingo.Concebido
para facilitar o regresso à livre circulação dentro da UE, este
‘livre-trânsito’, que deverá ser gratuito, funcionará de forma
semelhante a um cartão de embarque para viagens, em formato digital e/ou
papel, com um código QR para ser facilmente lido por dispositivos
eletrónicos, e que seja disponibilizado gratuitamente, e na língua
nacional do cidadão e em inglês.No
quadro da implementação deste certificado europeu, prevê-se que os
Estados-membros não voltem a aplicar restrições, quando mais de metade
dos europeus já recebeu a primeira dose da vacina contra a doença Covid-19, a não ser que a situação epidemiológica o justifique, mas
caberá sempre aos governos nacionais decidir se os viajantes com o
certificado terão de ser submetidos a quarentenas, a mais testes (por
exemplo, além dos de entrada) ou a requisitos adicionais.Entretanto,
os Estados-membros têm de desenvolver as infraestruturas técnicas e
garantir a interoperabilidade dos sistemas de reconhecimento do
certificado.