Cerimónias do 13 de Maio são as que bom senso aconselham

Covid-19

4 de mai. de 2020, 12:18 — Lusa/AO Online

"Sou o primeiro a sentir a falta de eucaristias, procissões, festas tradicionais. Mas isso por um valor maior: o direito à vida e à saúde. Isso aplica-se exatamente ao 13 de Maio", declarou o chefe de Estado, falando à Rádio Montanha, da ilha do Pico.Marcelo agradeceu a todas as igrejas e confissões o papel responsável na adoção de medidas para atenuar as concentrações de pessoas em plena pandemia de Covid-19.Sobre o 13 de Maio e as tradicionais celebrações em Fátima, o Presidente da República lembrou que este é um fenómeno de "centenas de milhares de pessoas"."Todos nós temos a noção de que em meados de maio ter este número de pessoas em peregrinação era de facto o contrário do que a Igreja tem defendido e bem, a salvaguarda do direito à vida e à saúde", disse ainda na entrevista à rádio picarota.A 6 de abril, o Santuário de Fátima já tinha anunciado que a Peregrinação Internacional Aniversária de maio seria este ano celebrada sem a presença física de peregrinos, devido à Covid-19, mas que se manteriam as principais celebrações.Em entrevista à SIC no sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, assumiu que as celebrações do 13 de maio, em Fátima, são “uma possibilidade”, desde que sejam uma opção dos organizadores e cumpridas as regras sanitárias. Posteriormente, o bispo de Leiria-Fátima, António Marto, disse já que o 13 de Maio no Santuário de Fátima será celebrado “sem a habitual participação dos peregrinos”, como já tinha sido decidido pela Igreja Católica.