Cerimónia simbólica do 10 de Junho nos Jerónimos com apenas oito presenças
2 de jun. de 2020, 17:47
— Lusa/AO Online
Em
resposta a uma questão colocada pela agência Lusa, a Presidência da
República informou que, além dos dois intervenientes na sessão, haverá
seis convidados, que correspondem aos primeiros cinco lugares de altas
entidades públicas na lista de precedências do Protocolo do Estado.Esta
lista é encabeçada pelo chefe de Estado, seguindo-se o presidente da
Assembleia da República, em segundo lugar, o primeiro-ministro, em
terceiro, os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal
Constitucional, ambos no quarto lugar, e do Supremo Tribunal
Administrativo e do Tribunal de Contas, os dois no quinto lugar.O
10 de Junho será a primeira data nacional com comemorações da
responsabilidade do Presidente da República nesta fase de pandemia de
covid-19, depois do 25 de Abril, assinalado na Assembleia da República, e
do Dia do Trabalhador, com organização sindical.Na
sequência da polémica em torno das celebrações do 1.º de Maio pela
CGTP-IN, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que esperava "uma comemoração
simbólica" e "mais restrita, mais limitada"."O
1.º de Maio, como o 25 de Abril, como o 10 de Junho são cerimónias
nacionais, a que correspondem feriados nacionais, e pareceu-me a mim
óbvio, para que se não dissesse que a democracia estava suspensa com o
estado de emergência, que deviam ser celebrados, simbolicamente",
declarou, na altura.O Presidente da
República escolheu o teólogo e poeta madeirense José Tolentino Mendonça,
entretanto elevado de arcebispo a cardeal, para presidir à comissão
organizadora da edição deste ano das comemorações do 10 de Junho, Dia de
Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, inicialmente
previstas para a Madeira e África do Sul.No
final de março, o chefe de Estado comunicou por carta ao presidente da
Assembleia da República, ao primeiro-ministro e às autoridades da
Madeira a sua decisão de cancelar as comemorações na Madeira e na África
do Sul devido à pandemia da covid-19. Mais
tarde, anunciou que o 10 de Junho seria assinalado com uma "cerimónia
simbólica" junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.De
acordo com uma nota divulgada na segunda-feira, o programa terá início
no exterior do Mosteiro dos Jerónimos, pelas 11:00, com o içar da
bandeira nacional, a execução do hino nacional, 21 salvas por unidade
naval da Armada fundeada no rio Tejo e sobrevoo de homenagem por uma
esquadrilha de aeronaves F-16 da Força Aérea.Depois,
na Igreja de Santa Maria de Belém, o Presidente da República irá
depositar uma coroa de flores no túmulo de Luís Vaz de Camões e guardar
"um minuto de silêncio em homenagem aos mortos ao serviço da pátria"."Nos
claustros do Mosteiro, irá usar da palavra o cardeal D. José Tolentino
de Mendonça, presidente da comissão organizadora do Dia de Portugal, de
Camões e das Comunidades Portuguesas, a que se segue a intervenção do
Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que encerra as cerimónias", lê-se na
nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.Em
2016, ano em que tomou posse como Presidente da República, Marcelo
Rebelo de Sousa lançou um modelo inédito, acertado com o
primeiro-ministro, António Costa, em que as celebrações do Dia de
Portugal começam em território nacional e se estendem a um país
estrangeiro com comunidades emigrantes portuguesas.Nesse
ano, o Dia de Portugal foi celebrado entre Lisboa e Paris. Em 2017 as
comemorações foram no Porto e nas cidades brasileiras do Rio de Janeiro e
São Paulo, em 2018 dividiram-se entre Ponta Delgada, nos Açores, e as
cidades de Boston, Providence e New Bedford, na Costa Leste dos Estados
Unidos da América, e em 2019 decorreram em Portalegre e Cabo Verde.