Cerca de 500 pessoas assistiram ao enterro do jovem baleado na Quinta do Mocho

23 de ago. de 2008, 20:50 — Lusa / AO Online

    O funeral saíu da igreja de S.José, em Sacavém (concelho de Loures), pouco depois da 15:00, após ter sido rezada uma missa pelo jovem, a que assistiram mais de 150 pessoas, maioritariamente jovens.     A capela mortuária foi pequena para albergar todos os que compareceram à última homenagem a Marco Paulo e, por isso, muitos tiveram de ouvir as palavras do padre do lado de fora da igreja.     Quase todos os presentes vestiam roupa preta e branca e os jovens envergavam uma camisola preta com a foto do jovem falecido estampada na frente e mensagens de amizade em creoulo: "Descansa em paz amigo" e "nós sempre contigo".     O caixão deixou a igreja ao som do choro cantado das carpideiras e com grande emoção da família e amigos próximos.     De caminho para o Cemitério Municipal de Camarate, o cortejo fúnebre passou pela quinta do Mocho, local de residência de Marco Paulo e da sua família, onde era aguardado por várias dezenas de pessoas.     Mais de 200 pessoas esperavam à porta do cemitério para acompanhar o enterro, assim como alguns curiosos, que lamentavam "a morte de um rapaz tão novo".     Já dentro do cemitério, a retirada do caixão do carro funerário e a sua abertura para uma última despedida dos familiares, representou mais um momento de intensa emoção, agudizado pelo som das carpideiras.     O funeral terminou perto das 16:30, com os entes mais próximos a deixarem uma última mensagem a Marco Paulo junto à cova onde foi sepultado.     O funeral foi sempre acompanhado pela policia, que manteve alguns agentes a orientar o trânsito, quando necessário, e uma carrinha grande a alguma distância.     Marco Paulo, 20 anos, foi morto a tiro na casa da sua família na madrugada de domingo, em circunstâncias ainda por esclarecer, estando o caso a ser investigado pela Policia Judiciária.     A mãe do jovem disse à agência Lusa, nesse mesmo dia, que o filho foi morto dentro de casa por "um grupo" que trancou a família noutra divisão da casa durante o assalto.     A vítima estava a morar em França com o pai e um irmão, encontrando-se em Portugal temporariamente, há cerca de mês e meio, para renovar documentação.     Hoje houve quem tivesse feito questão de dizer que "será feita justiça".