Cerca de 13 mil sopas nas Festas do Espírito Santo de Ponta Delgada
14 de jun. de 2024, 10:24
— Lusa/AO Online
O autarca, que
falava na Câmara Municipal de Ponta Delgada no âmbito da
conferência de imprensa de apresentação do programa da 21.ª edição,
declarou que as festas “representam uma manifestação muito importante do
que é a identidade do povo dos Açores”.“São
as festas do povo para o povo, com um sentimento muito grande da
partilha, da solidariedade, honrando uma tradição secular que nos foi
transmitida pelos nossos antepassados”, declarou Pedro Nascimento
Cabral.A iniciativa está este ano orçada em cerca de 240 mil euros. De
acordo com o programa das festas, no dia 11 de julho (quinta-feira)
será apresentado um livro sobre o Divino Espírito Santo em Ponta Delgada
e Alenquer, havendo ainda lugar para uma conferência sobre este culto
pelo padre Carlos Ferreira, diretor do Colégio Universitário Pio XII, em
Lisboa.No dia seguinte (sexta-feira)
haverá a mudança da bandeira do Divino Espírito Santo, sendo que no
sábado das festividades decorrem a distribuição de pensões (cabazes
alimentares) pelas instituições particulares de solidariedade social
(IPSS), a partilha das sopas para cerca de 13 mil pessoas na via
pública, o cortejo etnográfico e um concerto da cantora Ágata.No
dia 14 de julho, domingo, realizam-se a missa da coroação e a coroação
dos Impérios do Espírito Santo do concelho de Ponta Delgada.A autarquia vai entretanto, apresentar uma candidatura ao selo de qualidade ambiental da Secretaria Regional do Ambiente.As
Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada mobilizam milhares de
pessoas nas diferentes freguesias do concelho, agregando centenas de
voluntários que se envolvem na sua logística. Estas
festas celebradas em todas as ilhas do arquipélago, com uma vertente
religiosa e outra profana, realizam-se todos os anos no sétimo domingo
depois da Páscoa, ou seja, no domingo de Pentecostes.De
acordo com os dados históricos disponíveis, as celebrações foram
instituídas em Alenquer (distrito de Lisboa) pela rainha Santa Isabel e o
seu marido, o rei D. Dinis, em 1321, e espalharam-se com especial
destaque para os Açores, onde permanecem vivas e associadas ao Dia da
Região Autónoma.Incluídas na tradição
estão as tradicionais sopas distribuídas a título gratuito pela
população, como símbolo de solidariedade e partilha.