Cerca de 1.500 vacinas de reforço administradas nos Açores
Covid-19
29 de out. de 2021, 11:37
— Lusa/AO Online
“O
processo [de administração de uma terceira dose de vacina] está a
decorrer por todas as ilhas e vai haver um incremento nas próximas
semanas, tendo em conta a organização que já existe e a informação que
temos de um maior número de vacinas solicitado para as várias unidades
de saúde de ilha”, avançou, em declarações à Lusa, o diretor regional da
Saúde, Berto Cabral.A
administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19 nos Açores
arrancou no dia 18 de outubro nos lares de idosos e unidades de cuidados
continuados dos Açores.Segundo
Berto Cabral, “já estão administradas cerca de 1.500 doses na região”,
numa fase do processo que se destina, quase em exclusivo, aos idosos
institucionalizados.O
ritmo do processo é justificado pelo diretor regional da Saúde com a
necessidade de deslocação das equipas de enfermagem às instituições.“O
processo é mais moroso, porque as equipas vão de instituição a
instituição, vacinando os utentes”, afirmou, acrescentando que o
processo “vai continuar a maior ritmo nas próximas semanas”.Nas
instituições em que a terceira dose ainda não tinha sido dada, já são
inoculadas, na mesma deslocação, as vacinas contra a gripe e contra a Covid-19, o que torna o processo “mais ágil”, ainda que as deslocações
sejam "mais demoradas".Até
agora, o número de recusas foi “muito residual”, mas há quem manifeste
receio, sobretudo devido aos efeitos secundários das primeiras tomas da
vacina.Berto Cabral defendeu que é preciso tranquilizar a população e responder aos receios com informação.“Depois
de um processo que começou cheio de dúvidas, com imensas questões da
maior parte da população, a verdade é que temos nos Açores quase 83% da
população com a vacinação completa. As situações graves depois da
vacinação foram residuais e, portanto, importa continuar a transmitir
uma mensagem de tranquilidade e de confiança relativamente à vacinação”,
frisou.O reforço da vacina contra a Covid-19 destina-se a maiores de 65 anos, devendo abranger nos Açores “entre 35 e 36 mil pessoas”.Desde
26 de setembro que as pessoas transplantadas e com imunossupressão
grave podem também aceder a uma dose adicional da vacina, mediante
prescrição médica.Neste caso, serão “pouco mais de 600 pessoas, no máximo”, na região.A
vacinação de maiores de 65 anos não institucionalizados deverá arrancar
à medida que o processo for concluído nos lares e unidades de cuidados
continuados, não havendo datas definidas.“As
ilhas não vão estar ao mesmo ritmo. Há ilhas que ainda vão estar a
vacinar doentes institucionalizados e outras que já vão estar na
população geral com mais de 65 anos”, adiantou Berto Cabral, explicando
que as ilhas mais populosas, São Miguel e Terceira, têm mais
instituições.Segundo
o diretor regional da Saúde, não foi estabelecido um prazo para a
conclusão da administração da dose de reforço aos mais vulneráveis, mas
"idealmente" deverá decorrer antes de "uma época do ano que se prevê que
possa ser mais crítica".“Não
definimos uma data limite para o final deste processo. Queremos que ele
decorra de forma rápida, até porque caminhamos para o inverno e para a
época do Natal, onde há muito mais contactos entre as pessoas, à
semelhança do que aconteceu no ano passado”, afirmou. De
acordo com o responsável, “importa que o maior número de pessoas tenha a
sua dose de reforço antes desse período que se considera mais crítico”.