Autor: Lusa
“A coisa mais preciosa que as organizações de notícias têm é seu conteúdo e as informações têm valor, muitas vezes, ao longo da história e até mesmo na história recente, o setor dos media errou nessa noção, subestimou seu próprio valor”, afirmou o CEO.
Almar Latour, que falava na Web Summit num painel denominado “Trust, Truth and technology in the media”, referiu que a inteligência artificial (IA) é muitas vezes vista como uma ameaça para o jornalismo, porém o dirigente ressalvou que o Wall Street Journal (WSJ) faz parte de um ‘marketplace’ que vende informação para uso por parte de aplicações de IA generativa.
“Temos um mercado de IA generativa para publicações, no qual elas fornecem o seu conteúdo, todos os artigos, os arquivos que criaram ao longo do tempo”, que, a posteriori, permite o acesso aos conteúdos através de IA, disse.
“Temos milhares e milhares de clientes corporativos, cada um dos quais está a usar IA generativa para aceder a conteúdos”, acrescentou Almar Latour.
“Este é um momento crucial, eu diria que é um momento ainda maior do que quando o Google entrou em cena pela primeira vez, para garantir que enfatizamos o valor que temos e o defendamos, não nos podemos dar ao luxo, como setor ou como empresa, de abrir mão disso”, defendeu o CEO.
Segundo a organização, a Web Summit regista um recorde de 71.386 participantes de 157 países, estando presentes 1.857 investidores de 86 países.
A cimeira tecnológica, que arrancou em Portugal em 2016, começou na segunda-feira à noite em Lisboa e termina na quinta-feira.