Centros de vacinação devem ter capacidade para vacinar cerca de 50 pessoas/hora
Covid-19
3 de mar. de 2021, 12:17
— Lusa/AO Online
De
acordo com a orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS), estes Centros
de Vacinação Covid-19 (CVC) deve ter, como referência, um ou mais
módulos de vacinação, cada um com cinco postos, para que cada enfermeiro
consiga vacinar uma pessoa a cada 6-10 minutos.Devem
ser espaços amplos e arejados, ter rede de frio adequada às
especificidades de cada vacina instruções do fabricante, profissionais
de saúde com treino e formação para vacinar e atuar em caso de reações
anafiláticas e equipamento de emergência para tratar estas situações.Os
CVC, que podem resultar da adaptação de pontos de vacinação já
existentes Serviço Nacional de Saúde ou de infraestruturas próprias,
devem igualmente ter acesso à Plataforma Nacional de Registo e Gestão da
Vacinação – VACINAS.A orientação da DGS
que define as características necessárias para estes centros sublinha
que eles são necessários para acelerar e massificar a vacinação da
população contra a Covid-19Devem ser
constituídos de acordo com o planeamento regional das Administrações
Regionais de Saúde, sob a coordenação dos Agrupamentos de Centros de
Saúde (ACES) e Unidades Locais de Saúde (ULS) e em articulação com as
autoridades de saúde locais, as autarquias e demais parceiros locais.Além
de terem de estar instalados em espaços amplos e arejados, devem ser de
fácil acesso a pessoas com mobilidade reduzida, ter dois acessos
(entrada e saída), facilidade de estacionamento e de acesso em
transportes públicos e ser organizados para funcionarem de forma fluida,
evitando o aglomerado de pessoas e garantindo o distanciamento entre
elas.A DGS aconselha ainda a que, de
acordo com a dimensão e localização geográfica do CVC, seja avaliada a
necessidade da permanência de uma ambulância, em prontidão.Quanto
ao funcionamento e organização, os CVC devem ter uma área de receção,
um local de admissão com postos de atendimento e acesso ao sistema
informático para validar os dados das pessoas a vacinar e uma área de
espera pré-vacinação que permita a permanência de, pelo menos, 25
pessoas, com a respetiva distância de segurança e onde deve ser
assegurado o preenchimento do questionário de vacinação.Devem
ter ainda locais individualizados para vacinação em paralelo, um local
de vigilância pós-vacinação, onde cada utente vacinado deve permanecer
pelo menos 30 minutos e com saída direta para o exterior, uma sala de
preparação de vacinas, com técnicos em dedicação exclusiva, e uma outra
de emergência.A DGS aconselha ainda a que
tenham uma zona de pausa para os profissionais de saúde e outros
profissionais do CVC, com condições necessárias para alimentação, e
instalações sanitárias.Quanto aos recursos
humanos, a orientação indica que cada módulo de cinco postos de
vacinação deve ter um médico/enfermeiro para a coordenação, cinco
assistentes técnicos para apoio administrativo, dois técnicos de
farmácia/enfermeiros para a preparação das vacinas, pelo menos cinco
enfermeiros para a administração e um a dois enfermeiros para vigiar os
utentes depois de vacinados.Devem ter
ainda um médico para situações de emergência, pelo menos dois elementos
para garantir a segurança das instalações, de acordo com as dimensões de
cada CVC, e dois assistentes operacionais para garantir a limpeza e
desinfeção.A DGS defende que deve ser
considerada a participação de voluntários na gestão da circulação das
pessoas a vacinar ao longo do circuito nos CVC, “especialmente para as
pessoas portadores de deficiência, com mobilidade reduzida, ou não
falantes de língua portuguesa”.