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Centro Paroquial da Relva junta crianças e idosos mas precisa ser ampliado

No Centro Social e Paroquial da Relva, cerca de 60 crianças e idosos partilham atividades, companhia e apoio. No entanto, a infraestrutura precisa de ser ampliada de forma a alargar a sua resposta


Autor: Ana Carvalho Melo

O Centro Social e Paroquial da Relva, fundado em 1994, tornou-se um ponto de encontro entre gerações, onde cerca de 60 crianças e idosos partilham atividades, companhia e apoio. Mas a falta de espaço e de recursos humanos limita a resposta da instituição, que aguarda por um projeto de ampliação.

Às 14h00, quando a porta se abre, chegam as primeiras crianças vindas da escola. São 30 no Centro de Atividades de Tempos Livres, a que se juntam mais de uma centena da catequese paroquial. Entre trabalhos de casa, jogos e lanche partilhado, o centro é um apoio indispensável para as famílias da Relva, como descreve o sítio Igreja Açores.

Mas não são apenas os mais novos a dar vida ao espaço. Às terças e quintas-feiras, são os idosos que transformam o ambiente: cerca de 30 utentes são transportados pela instituição até ao centro, onde encontram convívio, companhia e atividades que ajudam a combater a solidão. Para eles, a participação é gratuita.

“Este equilíbrio entre crianças e idosos é o coração do trabalho desenvolvido pelo centro”, sublinha o presidente da instituição, padre Bruno Espínola. Contudo, a falta de espaço e de recursos humanos  limita a resposta da instituição.

De acordo com a Igreja Açores, há anos que está em cima da mesa um projeto para ampliar as instalações, com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada. A infraestrutura, a construir em terreno da Igreja junto à escola primária, permitirá criar um Centro de Dia para idosos, com serviços de higiene, alimentação e cuidados de saúde, e alargar a resposta às crianças com novas valências. 

“Daqui da Relva até aos Mosteiros não há nenhuma resposta desse género. Não há creche, não há instituição de solidariedade social. A necessidade é premente”, alerta o sacerdote, que também apoia famílias carenciadas da Relva e da Covoada através do centro, em articulação com o Banco Alimentar. Atualmente, 15 famílias estão sinalizadas.