Autor: Carolina Moreira
A secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, revelou que o Centro de Saúde de Ponta Delgada se encontra a realizar 160 consultas extra por dia, das quais 60 estão a acontecer no âmbito do SAC (Serviço de Atendimento Complementar) e as restantes estão a ser realizadas pelos 50 médicos de família da instituição (duas consultas por dia por cada médico).
Numa visita realizada ao Centro de
Saúde de Ponta Delgada, Mónica Seidi afirmou que, “neste caso em
concreto, estamos a falar de uma programação extra de 160 consultas por
dia, que não corresponde à atividade programada, estamos a falar de um
reforço de consultas”.
Segundo a secretária regional, o objetivo é “retirar pressão” do serviço de urgência do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES). “Gostaríamos de deixar o serviço de urgência só mesmo para aquelas situações imprescindíveis e que têm de ser avaliadas por um médico de cuidados diferenciados”, salientou na ocasião.
Mónica Seidi adiantou ainda que as “unidades básicas de urgência da Ribeira Grande e de Vila Franca do Campo vão ser reforçadas com mais um médico cada uma, isto numa perspetiva de tentarmos aliviar o serviço de urgência do Hospital do Divino Espírito Santo”.
Além de revelar que também está previsto um “reforço” da Linha de Saúde Açores, com o intuito de “tentar que os utentes, antes de se dirigirem ao serviço de urgência, façam um primeiro contacto para que possam ser aconselhados por profissionais de saúde”.
A visita teve como objetivo dar a conhecer a reorganização das consultas extra do dia no Centro de Saúde de Ponta Delgada, que há cerca de um mês foi alvo de reclamações, tanto no acesso dos utentes como no circuito realizado.
Neste momento, o acesso às senhas de acesso às consultas extra do dia foi “facilitado” com a implementação de quiosque à entrada do centro de saúde, promovendo o acesso por “ordem de chegada”. Além disso, agora a marcação destas consultas extra também pode ser realizada em todas as unidades de saúde da ilha.
A diretora clínica da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel, Marília Azevedo, explica que existia “algum congestionamento principalmente na primeira hora da manhã para a marcação de consultas extra do dia”, tendo essa situação sido “colmatada com a implementação de mais um quiosque à entrada”.
Marília Azevedo adianta ainda que aumentou o número de vagas disponível para “situações agudas” que não consigam vaga para o seu médico de família, podendo ser atendidos por outro médico de família que tenha essa disponibilidade.
“Além do SAC, que está aberto até às 20h, temos consulta aberta até às 22h no horário pós-laboral dos médicos de família, com mais dois médicos a reforçar a agenda”, refere.