Centro de Oncologia dos Açores ultrapassa número de rastreios do período pré-pandemia
23 de jun. de 2022, 08:16
— Lusa/AO online
“Mesmo ainda em
pandemia, mas fora já do período mais intenso, estamos a recuperar
valores de 2019 e até a superá-los, exatamente por este princípio dos
dois Ps: proximidade e prevenção. As unidades móveis fazem um papel
excecional”, afirmou o presidente do executivo açoriano, José Manuel
Boleiro, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao COA,
sedeado em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.Segundo
dados do Centro de Oncologia dos Açores, no primeiro trimestre de 2022,
foram realizados 11.401 rastreios na região, mais 1.119 do que no
primeiro trimestre de 2019.Os
rastreios ao cancro da mama foram os que registaram maior crescimento,
passando de 2.799, entre janeiro e março de 2019, para 4.070, em igual
período de 2022.Também o rastreio ao cancro do colo do útero aumentou de 1.888 para 2.154 registos.Foram
ainda realizados 1.466 rastreios ao cancro do cólon e reto, que em 2019
tinha contabilizado 1.623 registos, mas tem agora uma nova metodologia.Já os rastreios ao cancro da cavidade oral, baixaram de 1.953, em 2019, para 1.689, em 2022.José
Manuel Bolieiro destacou a importância das duas unidades móveis de
rastreio existentes na região, que permitem um contacto de maior
proximidade com a população.“Quanto
mais próximos, mais disponibilidade para a prevenção. Se temos como
objetivo a prevenção, é bom termos uma estratégia de proximidade e isso
está a ser alcançado”, frisou.O
chefe do executivo açoriano anunciou ainda que “até ao final deste ano”
serão preparadas as peças contratuais para a “aquisição de um novo
mamógrafo” para o Centro de Oncologia dos Açores, com verbas do Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR).“Estamos
num processo de modernização. Não houve qualquer colapso relativamente
ao atual mamógrafo, já estamos é a apontar, o mais rapidamente possível,
para a sua renovação”, adiantou.José
Manuel Bolieiro realçou, por outro lado, a importância de um estudo que
está a ser realizado pelo COA, que dará uma “melhor equação para as
soluções e para as políticas públicas adequadas”.O
estudo, que deverá estar concluído no início de 2023, entrou numa
terceira fase em que será feito um inquérito sobre as variáveis das
pessoas que possam estar doentes ou em situação de risco.A primeira fase contemplou o registo oncológico dos Açores e, a segunda, uma georreferenciação.