Centrais de tratamento mecânico e biológico em São Miguel deverão estar concluídas até final do ano
7 de jun. de 2022, 16:15
— Lusa/AO Online
“Estivemos
a visitar as obras destas duas centrais e prevê-se que estejam
concluídas até final deste ano”, adiantou o secretário regional do
Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, que se deslocou às
instalações da MUSAMI – Operações Municipais do Ambiente, no Ecoparque
da ilha de São Miguel.Em
declarações à Lusa, Alonso Miguel referiu que, "no âmbito do projeto do
Ecoparque de São Miguel, que inclui um conjunto significativo de
valências, estão a ser construídas duas centrais, uma delas de
tratamento mecânico e outra de tratamento biológico para aumentar a
recuperação de materiais recicláveis e para reduzir a quantidade de
resíduos que vão para incineração".O projeto do Ecoparque de São Miguel contempla ainda a construção de uma central de valorização energética, uma incineradora.Sobre
a construção da incineradora, o secretário regional do Ambiente
adiantou que está atualmente "em fase de avaliação o relatório de
conformidade ambiental do projeto de execução" e foi também solicitado o
pedido de licenciamento ambiental, ou seja, a fase final antes de a
MUSAMI poder avançar com a construção da central de valorização
energética.Em
2016, a Associação de Municípios da Ilha de São Miguel - AMISM decidiu,
por unanimidade, avançar com a construção de uma incineradora de
resíduos, uma decisão que motivou várias queixas e a contestação de
movimentos cívicos e ambientalistas, alegando que uma incineradora com a
dimensão projetada na ilha de São Miguel iria colocar a ilha e,
consequentemente, o arquipélago, longe das metas europeias de
reciclagem.O
secretário regional do Ambiente lembrou que se trata de uma solução e
decisão da Associação de Municípios de São Miguel e que o projeto "foi
financiado e aprovado pela Comissão Europeia"."Foi
a solução que foi escolhida e da parte do Governo Regional o que se
pedia era que fosse adotado um projeto o mais sustentável possível do
ponto de vista ambiental, que cumprisse com a hierarquia da gestão de
resíduos e que permitisse atingir as metas que foram definidas a nível
comunitário e que serão agora adotadas também no âmbito do novo programa
estratégico de prevenção e gestão de resíduos", sublinhou. Alonso
Miguel realçou ainda que a gestão dos resíduos "é um desafio enorme que
implica um empenho de todos", desde o Governo Regional, passando pelos
municípios, entidades gestoras dos resíduos e "depende, sobretudo, da
consciencialização das populações para a importância do contributo de
cada um na gestão de resíduos".