CDU quer “voltar a eleger” nas Flores, onde a preocupação é o envelhecimento
Açores/Eleições
19 de out. de 2020, 10:38
— Lusa/AO Online
Em
declarações por telefone à agência Lusa, o coordenador regional do PCP,
Marco Varela, adiantou que o “envelhecimento da população e a
necessidade de fixação de mais população” foram as principais questões
levantadas na ação de campanha que decorreu, na ilha das Flores,
por onde elegeram, há quatro anos, o único deputado do partido no
parlamento açoriano.A CDU, coligação que
junta o Partido Comunista ao Partido Ecologista Os Verdes, tem
“respostas a concertar relativamente à coesão territorial”: “É
necessário tomar-se medidas, seja na fixação de jovens, com incentivos
na área da habitação, seja na questão do trabalho com direitos e no
combate à precariedade e a valorização de salários”, esclareceu o
dirigente.Para o também candidato pelos
círculos do Corvo e de compensação, o balanço da ação foi “muito
positivo”, tendo a coligação verificado que, “claramente, as pessoas
identificaram-se com o trabalho realizado nos últimos quatro anos por
parte do deputado da CDU, que defendeu a ilha e defendeu os
florentinos”.“Estamos, naturalmente, a trabalhar para voltar a eleger pela ilha das Flores”, declarou.Num
dia em que a comitiva visitou o porto das Lajes das Flores, que ficou
completamente destruído depois da passagem do furacão Lorenzo pela
região, há cerca de um ano, Marco Varela sublinhou a importância da
reconstrução célere daquele que é “um instrumento fundamental para o
funcionamento da ilha, para o abastecimento da ilha e para a exportação,
nomeadamente do gado”.O partido “tem
vindo a acompanhar o processo, o andamento da obra”, para a qual
apresentou, em sede de Orçamento do Estado de 2020, “uma
proposta concreta do financiamento a 100%”, já que “é uma obra de
utilidade pública, fundamental para repor a normalidade nas ilhas do
grupo ocidental [Flores e Corvo]”.A campanha eleitoral decorre entre 11 e 23 de outubro, estando o sufrágio marcado para o dia 25.Nas
eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove
ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa
Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os
votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos
círculos de ilha.Ao todo, são 13 as forças
políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa
Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN,
Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos
votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra
30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do
CDS-PP (quatro mandatos).O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.Vasco
Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as
legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve
16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e
último mandato como chefe do executivo.