"CDU precisa de renovação, mas partido continua pronto para governar"
Alemanha/Eleições
27 de set. de 2021, 15:04
— Lusa/AO Online
“Quer
estejamos no Governo no final deste processo, quer estejamos na
oposição, deve ter lugar uma renovação da União [CDU/CSU]. A todos os
níveis", afirmou o político conservador e candidato a chanceler, citado
hoje pelas agências internacionais.E frisou que “nenhum partido", nem mesmo o Partido Social-Democrata (SPD), obteve um "mandato claro para governar".Numa
conferência de imprensa, Armin Laschet indicou que a ala conservadora
alemã, composta pela CDU (força política da chanceler Angela Merkel) e
pela União Social-Cristã (CSU, a sua congénere bávara), está pronta para
entrar em negociações com os liberais do FDP e com os Verdes alemães
para tentar formar o próximo Governo germânico.O
SPD, liderado por Olaf Scholz (vice-chanceler e ministro das Finanças
cessante), venceu as eleições parlamentares alemãs realizadas no domingo
com 25,7% dos votos, de acordo com uma contagem oficial provisória
anunciada hoje pela Comissão Eleitoral Federal. A aliança conservadora CDU/CSU, liderada por Armin Laschet, obteve 24,1% dos votos.A
curta distância entre os dois partidos mais votados impõe agora a
necessidade de negociações com potenciais futuros parceiros de
coligação.“Ninguém deve agir como se fosse
o único que pode decidir sobre a formação de um governo, é por isso que
são necessárias discussões com potenciais parceiros", afirmou Armin
Laschet, no rescaldo das eleições e depois de Olaf Scholz se ter
apresentado, no domingo à noite, como "o próximo chanceler alemão".“Um
Governo liderado pela União [CDU/CSU] é a melhor coisa para o nosso
país e também devemos isso aos seus eleitores", disse ainda Laschet.Pela
primeira vez desde 1949, a votação da CDU/CSU, que registou uma quebra
de oito pontos percentuais em relação às eleições legislativas de 2017,
ficou abaixo dos 30%.Armin Laschet, que
sucedeu a Merkel na liderança dos conservadores germânicos em janeiro de
2021, frisou que um resultado inferior a 30% não poderia constar entre
as ambições da aliança CDU/CSU, admitindo que, após uma campanha pautada
por algumas gafes e falhas de comunicação, assumia a “responsabilidade
pessoal” por este desaire eleitoral.